Esperança nas quatro linhas, caos fora delas (por Felipe Fleury)

Não há dúvida de que o Fluminense tem um elenco menos qualificado do que o da temporada anterior, tendo perdido seus principais jogadores e reconstruindo-se a partir do que sobrou e de uma ou outra contratação sem peso. Por outro lado, do que se tem visto até agora, também dá para se afirmar com certa segurança que, o que faltava em disposição e luta na equipe de 2017, sobra nessa.

Temos um time que, se não é lá essas coisas, tem como uma de suas maiores virtudes vestir a camisa Tricolor com redobrada dedicação. E isso, para o torcedor, representa motivo suficiente para acreditar que teremos menos dificuldades para nos mantermos na série A do Brasileiro no ano que vem. Para os mais otimistas, pode-se até cogitar, em sonhos, uma vaga Libertadores.

É claro que, com o que há, permanecer com folga na divisão de elite já seria um prêmio a esse elenco que iniciou o ano desacreditado por todos, mas vendo o time em campo é possível perceber que eles querem mais. Abelão sabe bem disso, tem o time nas mãos. Erra e acerta, tira leite de pedra e, por vezes, azeda o leite que tirou, mas é nele que se devem depositar todas as esperanças de alguma boa surpresa ainda em 2018.

Todo torcedor tem direito a uma dose de otimismo, de acreditar em seu time quando ninguém mais acredita. Eu não fujo à regra. Pelo que vi até agora neste Brasileiro, acho que o Flu pode ser uma grata surpresa ao fim da competição. Vasco e Botafogo conseguiram recentemente, com elencos iguais ou piores que o nosso, vagas para a maior competição das Américas, por que o Fluminense não conseguiria?

É preciso, porém, que o caos administrativo da gestão Abad não interfira dentro de campo, mantendo-se os salários em dia e evitando-se a perda de jogadores. Em paz, o Flu tem tudo para desenvolver, mesmo com esse time mediano, um futebol para posicionar-se no pelotão de frente, porque exceto por quatro ou cinco elencos milionários, todos os demais estão mais ou menos em pé de igualdade.

Não que Abad ou Peter mereçam, talvez mereçam as páginas policiais, sobretudo este último, mas o torcedor, desde sempre, deve ser o destinatário maior das glórias alcançadas por seu clube de coração. Esse merece todo esforço, sacrifício e dedicação de quem veste a camisa do futebol do Fluminense.

No mais, se for preciso economizar, que se eliminem primeiro as bocas desnecessárias. A primeira, Autuori, parece que interessa aos chilenos. Que se vá. Faltam o CEO e outros executivos. Chega Nathan, pupilo do mesmo Autuori, que tenha sorte e honre a camisa Tricolor.

Panorama Tricolor

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