Enderson e o planejamento (?)

imagem lucas uebel

PARTEUM

O novo treinador chegou e. desde já, passo a ser seu torcedor.

Claro que não era meu nome predileto, até brinquei disso com o Gustavo Albuquerque no Twitter. Falei que, dentro do Fluminense, duvidar de probabilidades, por mais insignificantes que sejam, é sempre complicado. Aliás, irei lê-lo imediatamente e provavelmente rirei da nossa conversa. Para não chorar.

Se o caso era de fazer uma aposta, Enderson teria sido nome de risco menor há dois meses, quando veio Drub. Conhece o clube e já encarou uma tremenda furada, que foi a Libertadores de 2011. Depois disso, bateu cabeça a torto e a direito por aí, mas conseguiu o que queria: deixou de ser auxiliar e passou a ser um treinador. Sério.

Continua sendo uma aposta (de baixo cacife). Talvez um interino de luxo, como todos os que têm passado pelo Flu desde 2013.

Seus últimos resultados não criam muitas esperanças; de toda forma, isso não é nenhum impedimento para ser um profissional no Fluminense, vide o próprio Drub. Mas, sem cornetar o antigo treinador (mesmo), é de se imaginar que o time não piore – não há como imaginar isso depois daquele desastre contra o Atlético.

E Enderson foi digno ao voltar pela porta da frente na mesma gestão que lhe usou de tampão há quatro anos.

Só.

Se esse avião aterrissar em dezembro, já estou satisfeito. Qualquer coisa, chamem o Leo Prazeres porque ele é piloto e pode colaborar.

Ainda assim, que tudo dê certo.

PARTEDOIS

Era preciso fazer uma faxina. Tirar “medalhões”, “pessoal sem compromisso”. Tudo bem.

Valencia, campeão no Santos. Sobis, artilheiro no México. Cícero vinha sendo dos melhores até ser subitamente afastado.

Diguinho, sempre criticado, talvez tenha feito ano passado sua melhor jornada desde 2009.

Bruno e Carlinhos, zzzz.

Não, não havia dinheiro e era um momento difícil, todos sabemos.

O problema depois virou a traição do Conca.

O Cristóvão não entendia nada.

“Com esse scout, seremos competitivos”.

Façam suas apostas para as eventuais novas desculpas. Não, não há dinheiro.

Com tanta gente servindo de peso de papel nas cadeiras, não seria má ideia contratar um captador de recursos.

PARTETRÊS

Dezembro de 2014: “Queremos Cristóvão por uma longa temporada”

Março de 2015: “As coisas não fluíram conforme o planejado”

Março de 2015: “Drubscky é um especialista, um intelectual, um estudioso do futebol. Fará um grande trabalho”

Maio de 2015: “As coisas não fluíram conforme o planejado”

Te prepara, Enderson.

PARTEQUATRO

“Não podemos onerar o passivo do Clube”

Ah, bom.

NOTA

Veja se acerta essa, Fred.

@pauloandel

Imagem: Lucas Uebel