Editorial – Eduardo, o pateta

Desde 2011, uma prática bastante infeliz no Fluminense é a de desrespeito de alguns jogadores e até treinadores para com torcedores do clube. Um mal tão grande que já contaminou até ídolos como Fred, que declarou arrependimento ao terminar sua carreira em campo.

Prática esta que conta com o pulso frouxo de todas as gestões desde então.

Nos últimos tempos, a nova estrela da grosseria tricolor, embora anônima, atende pelo nome de Eduardo Barros.

Ganhou notoriedade por quase chegar às vias de fato contra um torcedor tricolor no Raulino de Oliveira. Depois do ato boçal, pediu desculpas sem convicção.

Posteriormente, apareceu em algumas coletivas substituindo seu chefe, Fernando Diniz, várias vezes expulso. Afora uma ou outra hipérbole, o substituto não chegou a comprometer diante do microfone, até porque as coletivas tricolores só têm perguntas açucaradas, de modo que o auxiliar não precisou de muito estofo intelectual para respondê-las.

A nova patetada de Eduardo é contra Tostão, um dos maiores jogadores da história, campeão do mundo em 1970, também um dos maiores cronistas e comentaristas do nosso futebol e, por fim, torcedor do Fluminense.

Tostão, elegantemente, discordou da sentença estúpida de que Fernando Diniz estaria revolucionando o futebol brasileiro, num papel ainda maior do que o de Cruyff frente à Holanda. Elegantemente, o craque cronista apenas falou de bom senso – mínimo para o caso.

O deslumbramento pelas conquistas da Libertadores e da Recopa, onde não marcou um gol ou deu um passe, fez muito mal a Eduardo. Ao debochar de Tostão, sugerindo que o mestre não percebeu a revolução de Diniz, beira o grotesco.

Podia ter o mínimo bom senso e respeitar alguém com idade para ser seu pai.

Alguém com currículo mil vezes maior do que o seu no futebol.

Por sinal, um grande torcedor do Fluminense.

Uma grosseria estúpida e desnecessária, fruto do deslumbramento oco de quem mal entrou no ônibus para se sentar no banco com janela. E tudo pela bajulação ao chefe, que também anda com a arrogância em alta, mas provavelmente não a ponto de achar que é maior do que Cruyff como treinador. Guardiola certamente riria disso.

Depois do episódio grotesco, Eduardo foi naturalmente questionado por muitos tricolores nas redes sociais. Agindo conforme sua capacidade mental, recusou os debates e passou a bloquear os tricolores.

Eduardo não representa o Fluminense nem sua torcida. Por ora, é apenas um pateta arrogante sem grife em busca de autopromoção. Bajulador barato.

A Tostão, símbolo de excelência no futebol mundial, nosso apreço, respeito e louvação.