Editorial – A coletiva de Fernando Diniz

NOTA: Ainda hoje, faremos a resenha da coletiva do treinador tricolor. Como é sabido de nosso público, este PANORAMA não é uma empresa, mas um coletivo colaborativo voluntário, de modo que vários dos nossos cronistas estão em suas atividades profissionais, nenhuma delas ligada financeiramente ao Fluminense FC.

Também publicaremos aqui nossa resenha ao vivo de logo mais, com os debates a respeito.

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Ainda que a coletiva tenha mantido o padrão de perguntas óbvias – com alguns bons questionamentos, ressalte-se – e até mesmo algumas pérolas – o “excelente” sétimo lugar do Fluminense num campeonato brasileiro, o principal foi feito: o treinador, mesmo não estando plenamente à vontade, reconheceu brevemente sua péssima entrevista de sábado passado, o que é um bom sinal. Era o mais importante a ser feito e serve de alerta, porque entrevista coletiva não é a casa da mãe Joana para quem quer que seja.

Este PANORAMA espera sinceramente que o treinador tenha se arrependido de suas grosserias e faniquitos, não somente no sábado mas em diversas outras ocasiões, e que demonstre seu seu novo comportamento daqui por diante, não apenas com palavras mas com atos. Funcionários, dirigentes e jogadores passam, o Fluminense permanece. Que hoje tenha sido o fim da recente era de chiliques envolvendo personagens do clube.

Também foi importante ter reconhecido a torcida o maior patrimônio do clube. E boa parte dela demonstrou muita insatisfação, o que provocou a própria coletiva, claro. Muita gente não é massa de manobra, nem repete discursos combinados em grupos de WhatsApp e Telegram.

No mais, é hora de silêncio e trabalho para que o Fluminense volte a apresentar o bom futebol deixado em 2023. Há tempo e todas as condições de trabalho para isso. Não há mais tempo para desculpas e conversa fiada.

O PANORAMA TRICOLOR continuará em seu caminho de independência e responsabilidade, opinando como sempre tem feito ao longo desses 12 anos, doa a quem doer. Acertos serão aplaudidos, erros serão criticados e injustiças serão denunciadas – o próprio presidente do clube, que não nutre apreço por esta casa, pode testemunhar o fato: quando foi covardemente atacado por um repórter obscuro da TV fechada, teve uma grande defesa de sua pessoa publicada aqui. Não precisamos falar de 20.000 páginas, 1.000 programas, 300 transmissões e 40 livros sobre o clube, reunidos por nossos atuais e antigos colaboradores.

Aos que tiveram ataques de pelanca por conta das críticas ao treinador aqui realizadas, o próprio mea culpa da coletiva de hoje deixa um recado: não passem vergonha à toa, o Fluminense é maior do que todos.

Nenhum jogador, treinador ou presidente é maior do que o Fluminense.

O Tricolor é maior do que todos os seus inúmeros títulos juntos.