“É tempo de sorrir, sorria…” (por Felipe Fleury)

Não me lembro da última vez em que as expectativas foram tão altas para uma temporada. Sim, ao contrário de outros tempos, quando mal se visava a uma Sul-Americana ou a uma classificação para a Libertadores, desta vez o objetivo é maior, muito maior, é a própria Libertadores.

A esperança Tricolor vem da manutenção de um time que teve um bom desempenho em 2022, da contratação de alguns reforços (pontuais) e, sobretudo, da presença de Fernando Diniz, o que dá ao sistema de jogo do Fluminense, ou melhor, do próprio Diniz, um amadurecimento necessário para que evoluam o time e seu técnico.

O torcedor quer ver grandes jogos, e vimos alguns em 2022, mas, especialmente, deseja que o Dinizismo produza os resultados esperados, que são os títulos. E há, pelo que foi feito até aqui, boas razões para acreditar nisso.

É claro que não temos dois times de modo a revezá-los durante as competições, a partida contra o Nova Iguaçu deixou isso bem nítido. Mas, entre as contratações, há um ou dois que já podem integrar o time titular de imediato, conferindo ainda mais força a uma equipe que já é boa.

E, por outro lado, embora a falta de entrosamento entre os novos contratados possa atrapalhar inicialmente o desempenho do chamado “time reserva”, certo é que há novas e qualificadas peças de reposição no elenco, o que dá tranquilidade ao técnico para substituições pontuais sem a necessidade de se mexer sensivelmente na estrutura e no esquema do time.

Temos, portanto, um conjunto, não de dois times prontos, mas de um bom time com boas peças de reposição, o que é muito importante para as competições mais curtas, assim como a Libertadores.

Hoje, aquele Tricolor mais antigo, como eu, cantarola mentalmente a canção tantas vezes entoada pela Torcida Tricolor, “sorria, sorria, é tempo de sorrir, sorria, sorria pra chuchu, que o campeão é o Flu e o resto….”, como uma espécie de predestinação. Fiquemos, assim, cada vez mais doidos da cabeça com as apresentações de Arias, Cano, Ganso e cia, e com a possibilidade concreta de que Diniz e o seu sistema antimonotonia prevaleçam em 2023, trazendo-nos títulos, sobretudo aquele mais aguardado, que é a conquista das Américas.