Dia de luta por classificação e só (por Paulo-Roberto Andel)

Nesta noite de quinta teremos o Maracanã lotado para os padrões atuais. É compreensível que, depois de quase duas temporadas, o torcedor queira ver seu time de perto e, apesar de tudo, o Fluminense tem boas chances de ir à pré-Libertadores 2022. É a hora do torcedor desabafar também. Ponto.

A razoabilidade não permite transformar o jogo numa decisão, de forma alguma. Vamos enfrentar um time respeitável, mas lanterna da competição e rebaixado há várias rodadas. A mais de 30 pontos do campeão Atlético, o Fluminense jamais chegou perto de disputar o título e no máximo chegará ao G4, dependendo de sua vitória e uma combinação de resultados. Está há nove anos sem títulos relevantes.

Não se trata de ser do contra, nem outras bobagens como “não ser tricolor”. É apenas uma constatação.

Claro, a atual gestão joga suas fichas em tentar transformar uma eventual classificação medíocre, ainda que bem-vinda, num feito épico para capitalizar politicamente em 2022, mas boa parte da torcida tricolor ou já tinha lucidez ou despertou a tempo de não cair em (mais) um conto do vigário.

Todos queremos a vaga, mas nem de longe ela significa uma campanha brilhante – até a última rodada, o Fluminense era o time com mais derrotas entre os 12 primeiros colocados do Brasileirão, num total de 14. E é desnecessário falar das atuações ridículas, vide a última na Fonte Nova.

É o último capítulo de uma longa temporada, que começou cheia de sonhos para muitos tricolores, mas que termina com o sabor inevitável da figuração. Apesar da limitação da equipe, o tempo perdido com o treinador Roger custou o Carioca e a eliminação na Libertadores. Agora os rumores são outros: Felipe Melo e Marcelo, isso enquanto a diáspora tricolor não vem – não se iluda, ela virá. Agora é aguardar o “novo Fluminense” e seu planejamento com MBA de vestiário…

Deixo aqui meu respeito para os que discordam do meu argumento, vendo nesta possível ida à pré-Libertadores uma evolução do clube. Gostaria apenas de lembrar que outros times do Fluminense tiveram brilho real no Brasileiro e, por isso mesmo, merecem tanta ou maior consideração do que a equipe atual. Basta lembrar de 1975, 1976, 1982, 1988, 1991, 1995, 2001, 2002 e 2007.

Para os que desconhecem o passado, nunca é tarde para aprender.

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Qualquer torcedor, comentarista, cronista ou dirigente que cometa a sandice de apontar Marcos Felipe como culpado pelos insucessos do Fluminense em 2021, não deve ser levado a sério.

Basta pesquisar no YouTube e em dezenas de colunas neste PANORAMA.

Longe de ser infalível ou perfeito, Marcos Felipe é o principal responsável pelo Fluminense ter chegado à final do Carioca, a ter passado de fase na Libertadores e, por fim, por pelo menos 10 das 14 derrotas no Brasileiro não terem se transformado em goleadas humilhantes.

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Felipe Melo?

Uma sandice.

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Mais cedo ou mais tarde, toda falsidade desaba.