E depois de 2023? (por Manoel Stone)

Amigos Tricolores, para mim este ano já está tudo resolvido, vamos concluir o brasileirão, depois disputar o Mundial, e fim. Minha preocupação é com o que vem depois, o ano de 2024, que está me preocupando na medida que é inevitável a perda de alguns de nossos melhores jogadores e isso nos obrigará a substitui-los.

Aí é que começa o problema: como manter o nível de desempenho sem as peças que partirão? Ninguém pense que existe como substituí-los sem perdas. Só para exemplificar, o Nino que deverá sair com certeza não é o mesmo Nino que chegou no Clube em 2019, e assim como os outros todos, eles melhoraram muito com a prática da profissão, e o desenvolvimento que isso envolve.

Outro fator que me preocupa é que apenas o sangue mais novo vai embora e mantemos os mais velhos, que inevitavelmente estão em sua humana descendência nas coisas que dependem do físico. Afinal, depois de um ponto etário a performance do corpo vai decaindo normalmente. Não sou tonto de tratar todos igualmente, pois o corpo humano é único e responde cada um de um modo, mas não há como querer comparar o Marcelo de antes com este Marcelo que está hoje no elenco do Fluminense. E isso vale para todos os trintões que compõem o elenco tricolor. A cada ano há perda de valências físicas, o cérebro manda mas o corpo já não obedece com a mesma precisão de antes, e é inexorável.

Como já começam as fofocas de todo início de temporada, volta a chatérrima novela Thiago Silva, que a cada início de ano volta a entrar em cartaz, e a maioria de nossos amigos tricolores volta a se alvoroçar e se empolga. Esquecem que o Monstro de hoje está muito, muito longe do Thiago que saiu daqui em 2008. Pode ainda estar em condições de entrar em campo, mas não será nem de longe aquele Thiago que está na cabeça dos torcedores que o acompanharam naquela época.

Que ninguém se iluda pensando que será fácil conseguir substitutos para os que deixarão o elenco, pois o preço que um jogador minimamente satisfatório para o André custa mais ou menos o preço pelo qual ele foi vendido. Teremos que começar em nível mais baixo e ir desenvolvendo esses jogadores com o passar dos jogos, não há como ser diferente, pois como disse acima, o Nino que veio do Criciúma era muito inferior ao Nino que está de saída.

O que me assusta são os falatórios que mencionam Renato Augusto, Éverton Ribeiro, e outros veteraníssimos mais, todos entrados em anos e como já disse, em franca descendente no que diz respeito à pratica do futebol. Se isso acontecer, podem esperar pouco, muito pouco do ano que vem.

Precisamos é de sangue novo, disposição, agilidade, mobilidade, tudo isso aliado à técnica que mesmo com alguns senões poderá ser “garimpada” em clubes menores, na América do Sul ou mesmo dentre a nossa base que nunca nos deixou na mão. Quem não se lembra de 2009?

Então por hoje é isso. Não esqueçam da base e de ter paciência com os moleques de Xerém, afinal um deles nos garantiu a Glória Eterna neste 2023. E que venha 2024!