Do Rebobó ao bobalégri (por T. T. Paixão)

Minha avó, que era muda, sempre dizia: melhor ler esse tipo de coisa do que ser surda. Mas é isso: quase 40 milhões de ingressos vendidos para a final do torneio Rebobó que será disputado por Fluminense e LDU.

Abre aspas. Rebobó é um campeão de uma coisa conta o campeão de outra, pra ver quem ganha uma terceira. É a moda no futebol agora. Já foi moda mas tinha acabado, agora voltou.

Nessa, logo reeditam a Copa Mercosul. Fecha aspas.

Sim, aquela LDU que está atravessada na garganta dos tricolores por tempo demais.
Daí que pensei comigo mesmo: se hoje quase enfartei subindo a escada do condomínio, será que os garbosos atletas da terceira idade vão conseguir subir na altitude de Quito?

O amigo me pergunta: se o jogo vai ser sem público, como vão caber quase quarenta milhões de pessoas lá dentro?

Deve ser a tal altitude, falei. Diminui a massa corporal.

É a crise no Equador. Dava pra encaixar quase 1 bilhão, não fosse ela.

Acho que o que diminuiu foi minha paciência.

Mas até que o Flu tá jogando legal. No último clássico mesmo, nem sofremos gol. Fábio não deixa passar uma.

E o Thiago Santos? Vai bem, obrigado. Nosso melhor zagueiro, nem zagueiro é, mas já renovou pra dezembro de 2025. Quem sabe eu até esteja vivo até lá?

Não pensei muito no assunto. Estava com a cabeça na Rebobó, assim como confidenciou o André após o apito final. O problema é que confidenciou em público.

Coitado do rapaz, esqueceram de lhe avisar que certas confidências não se sai a público. Ainda mais se a confidência é indecência.

Desculpem a falta de educação, mas vou ter de encerrar por aqui. Compromissos, sabe?

Virei autor publicado agora e sabe como é…
E de livro mesmo, não aquelas almanaques com foto e ficha do jogo copiada, não. Texto próprio mesmo, escrito por mim e tudo.

E o arrazoado sai: “Ah, mas seu texto saiu junto com do seu editor. Eu vi a propaganda aqui mesmo no site.”

Pois é…

Quem manda você não ter editor?

É melhor ser bobalégri do que ser triste.

Abraços.