Dinheiro na mão é vendaval (por Manoel Stone)

Como cantava Carmem, só trocando as bananas, “Yes, nós temos muita grana”! Bom, ou temos ou somos malucos, pois desistimos de nossos jovens, os espalhamos por clubes pelo Brasil e pelo mundo, emprestamos e/ou vendemos quase todos os aproveitáveis, e trouxemos mais um lote de jogadores mais rodados. Até existe razão para isso, pois evita que se tenha que gastar tempo em trabalhar os moleques, prepará-los e pode até acontecer de algum não conseguir se firmar entre os profissionais, mas seria bem mais barato, e ainda poderia render alguma grana, se bem que como disse acima o clube parece não estar necessitando desse item…

Estou falando isso por puro achismo, baseado no que estou vendo acontecer em nosso clube, liberamos dois laterais esquerdos da base e trouxemos o terceiro reserva do Grêmio, que mal chegou e já quebrou. Parece que tem um caveira de burro enterrada na lateral esquerda do Fluminense, Vade Retro!

Vieram também Yony Gonzalez e Danielzinho. Analisando o histórico dos últimos anos de ambos, Danielzinho poderá ser útil, mas Yony, que fez quatro gols nos últimos quatro anos, não me parece ser tão útil assim, e para fechar a gastança, hoje fechou com Marlon. Não discuto o jogador, mas o quanto será pago a ele. Merece? Ele vale isso? Até saber o valor, vou dizer que sim, nós precisamos de um zagueiro? Sim, precisamos muito, agora a pergunta que importa: temos como pagar sem problemas? Aí é que a porca torce o rabo! Mario chora todo momento que não tem grana, mas como não tem gastando tanto assim?

Se olharmos o que está acima, e considerarmos o quanto cada nome desses vai nos custar, dá uma certa preocupação com o futuro financeiro do Fluminense, pois nossa folha já está muito inchada e com jogadores que ou não jogam, ou estão emprestados com o Fluminense pagando salários (ou parte dele). Um pouco de responsabilidade financeira faria muito bem aos combalidos cofres do clube. Algumas dessas experiências custaram e ainda vão custar muito, tenho muita preocupação com o que nos possa acontecer se não conseguirmos boas posições nas competições que ainda estamos disputando, cujas premiações fechariam muitos dos furos no fundo do cofre. Acho que estamos no meio de uma administração financeira temerária, e precisamos que muitos se’s protejam nosso caminho – nada pode acontecer errado ou pode dar muito ruim para o Flu.

Pelo visto estou me enervando à toa, pois nosso Reizinho não parece estar preocupado com esse tipo de coisa e, se não está, forçosamente deve estar com tudo equacionado e minha preocupação não deve ter razão de ser. Devemos estar com as “burras” cheias e dinheiro não deve estar faltando, apesar de conhecer o modus operandi do “soberano” do Fluminense e ter sido taxado por ele de ser infimamente tricolor, pois nunca fui ao Maracanã, até por que moro um pouco longe e grana nunca me sobrou para fazer essa despesa desse tipo. Afinal, o deslocamento de Manaus até o Rio não sai barato e, como não fui ao Maracanã, estou desqualificado para ser chamado de tricolor, mas assisti a São Raimundo e Fluminense aqui em Manaus em 1999, e alguns outros jogos que tive a oportunidade de ir. Não foram tantos os jogos que assisti, mas cada um teve muita importância na minha vida, por exemplo: o primeiro jogo que assisti me fez tricolor, e isso tem muito tempo, mas o objetivo não é falar da minha vida. Me aborreceu ouvir o “Reizinho” dizer que não sou tricolor e, na real, se duvidar, sou muito mais tricolor do que ele.

Para encerrar, queria lembrar a todos da famosa música que diz “Dinheiro na mão é vendaval…”