Desafios (por Mauro Jácome)

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Coritiba, Botafogo, Chapecoense. Os três próximos jogos do Fluminense serão muito perigosos. Três desesperados. Pelo histórico, a torcida, que acordou, fica com um frio na barriga quando aparece alguém de baixo da tabela. Todos ficam tensos. Nas arquibancadas ou no sofá.

Mesmo à frente no placar, a respiração trava, a mão sua, os olhos apertam, a face enrijece. Tudo pode acontecer. Um golzinho lá no final pode colocar tudo a perder. Tranquilidade mesmo, somente quando tem uns três de vantagem. Então, relaxo.

Dávamos como encerrado o ano, mas essa ressurreição e a perspectiva de conseguir uma vaguinha na Libertadores de 2015 colocaram a calculadora para funcionar. No entanto, não gosto de fazer projeções além do próximo jogo. Gosto de imaginá-lo com a grande final. Depois, o depois. Aquela história de “se ganharmos os três próximos jogos…” nunca funciona.

O Coritiba, próximo adversário, fez um bom jogo contra o Corinthians e deu azar ao tomar aquele gol no apagar das luzes. Espero que o Cristóvão prepare alternativas para que o time consiga sair da pressão. Não basta dizer, somente, que não devem recuar. Sem algo treinado, o recuo é instintivo e perigoso.

Enfim, todos vão relembrar 2009, no entanto, o desespero estará (ou deveria estar) somente de um lado. O certo é que sábado vai ser guerra. Isso é bom, pois manterá o time ligado. O Fluminense gosta desses desafios.

Um dia sem Chiquinho

Fiquei feliz quando o Chiquinho tomou o terceiro amarelo. No entanto, vendo as notícias, surge o nome de Carlinhos. Não! Chega de Carlinhos. Não dá para engolir as suas últimas atitudes. Espero que o Cristóvão Borges ache outra solução. Fernando, penso, é a melhor opção. Até o Branco, mas Carlinhos não.

Estaduais

Nos últimos anos, quando os estaduais vão se aproximando, começa a reclamação. É nítido que os torneios espremem o calendário e, pior, apresentam jogos desinteressantes, logo, deficitários. Sobrevivem da nostalgia e da pressão dos pequenos nas federações. Eu tenho nostalgia. Jogos memoráveis ficam na nossa lembrança. Flávio, Ubirajara Alcântara, Manfrini, Máquina, Rivelino, Edinho, Romerito, Casal 20. Dali em diante, decadência. Houve um lampejo com Renato, barriga & Cia. Morreu por ali.

O Campeonato Brasileiro tomou conta de vez. Duro reconhecer, mas não dá mais. Nem sei se mudando funcionaria. Pensa-se em fórmulas e mais fórmulas para tentar mantê-los, mas, qualquer que seja, o glamour nunca mais voltará. Infelizmente.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @MauroJacome

Imagem: google