Depois do fim da novela TS3, o que virá? (por Manoel Stone)

E agora acabou a novela Thiago Silva, o que será que vem por aí?

Tenho que lembrar que Thiago está ainda muito bem, mas tinha a seu lado jogadores jovens no Chelsea, o que não há como negar faz muita diferença, pois ele que conhece todos os atalhos no sistema defensivo do futebol, não tem mais o vigor que só os jovens tem.

A melhor situação seria cercar o “Monstro” de jogadores bem mais jovens que “carregassem o piano” e ele regendo o sistema como um maestro.

Vai ser útil ao Fluminense isso não há dúvidas. O que me preocupa é com quem ele vai jogar, quem irão ser seus companheiros da linha de defesa do time, até porque não acho que ele ainda tem vigor para carregar seu parceiro de zaga como fez na passagem anterior pelo Flu. A esperança é que vai dar bom, só me resta esperar.

Vou ser chato e insistir no tema dos jogadores da base: foi no mínimo uma grande covardia o que tentaram (e ainda estão fazendo) ao querer responsabilizar Felipe Andrade pelo segundo gol sofrido contra o Atlético MG. O lance foi muito claro, Vargas veiop de trás, sem nenhuma marcação, antecipa a bola e a cabeceia mortalmente, o que poderia fazer o Felipe?

Para mim, falha geral, além da liberdade que deram ao Arana para cruzar a bola. E além disso, qual é a outra falha de Felipe nesse jogo? Alguém o deixou de bunda no chão? Não? Então por que tanta rigidez com o moleque e tanta permissividade com outros? Vamos usar pelo menos a mesma régua, e tudo ficaria mais justo, mais correto, mais real.

Continuo muito incomodado com a situação de John Kennedy no Fluminense. Não acredito que ele seja o jogador mais transgressor que existe no elenco do tricolor; histórias são contadas na miúda de muitos outros que já fizeram coisas muito graves, que poderiam causar graves prejuízos ao time e toneladas de panos quentes foram atiradas sobre o problema, mas são só conversas sem provas. Mas se o ditado popular que diz “onde há fumaça há fogo”, não se deve desprezar esses relatos, é o caso de dois pesos e duas medidas, toda rigidez com o moleque rebelde, e cargas de indulgências a outros.

Pelo que tenho visto, a ideia é vender o moleque, nada de recuperar o ser humano. Isso só vale para os veteranos; moleque tem que ser bonzinho, corretinho, certinho, obediente, enfim ser quase um monge. Um moleque de Xerém não tem o direito de se revoltar por ver em campo barangas piores que ele. Enquanto ele esquenta banco, é só observar, todos os que têm um grau maior de rebeldia nesse sentido não são aproveitados, talvez essa seja uma das razões pelas quais não formamos jogadores mais aguerridos, mais lutadores, pois a característica do “bonzinho” está longe de ser a de um lutador, de um guerreiro que se recusa a perder.

Imaginem se Romário, Edmundo, Renato Gaúcho e tantos outros da mesma linha estivessem surgindo na base do Fluminense hoje, teriam sucesso? Ganhariam oportunidades? Ou seriam aparteados para não contaminar o ambiente familiar do elenco atual, é ou não é?

Bem, vamos ver o que trazemos do jogo contra o Colo Colo, dá para trazer alguma coisa de lá? Pela minha esperança digo que sim, pela realidade tenho muitas dúvidas, até por que iremos com nosso exército de velhotes, alguns que nem aguentam um jogo inteiro, mas é o que foi planejado para este ano. É assim mesmo, e vamos com tudo for possível.

Que os céus nos protejam.