Decisão (por Marcelo Vivone)

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Domingo temos um jogo decisivo. Clássico contra um dos rivais locais. Só a vitória interessa.

Semana cheia para treinamentos em que foi mantido o padrão de se treinar em horário integral em somente um dos dias.

Cansei de escrever sobre esse tema aqui no Panorama e gostaria muito de ter uma explicação convincente.

Como já disse algumas vezes, treinar pouco nas Laranjeiras não é decisão de uma comissão técnica, pois entra treinador, sai treinador, com eles ocorre a troca também do preparador físico, e o cenário não muda.

Voltando ao jogo, espero que durante a semana tenha sido muito trabalhado o sistema defensivo. É sempre bom lembrar que no futebol moderno esse sistema começa pelo centroavante. A começar pelo camisa 9 necessário que todos exerçam seu papel na engrenagem defensiva. Se algum jogador ou setor não cumprir seu papel, a bomba certamente irá estourar na última linha de defesa. Como tem acontecido.

O primeiro problema que vejo em nosso time é o distanciamento das linhas de meio de campo e defesa. Edson e Jean têm se lançado muito ao ataque e têm deixado nossa defesa desguarnecida.

Nossa defesa, por sua vez, continua com o grave e inexplicável erro de jogar em linha. Embora, já tenha dado para perceber que, com a chegada do novo treinador, a tentativa de impor o modelo europeu de adiantar esses quatro últimos jogadores tenha sido deixada de lado.

Outro erro é a cobertura das laterais. Aliás, erro não. Inexistência de cobertura. Ninguém cobre nossos laterais. É preciso que seja definido se essa cobertura será feita pelos zagueiros ou se serão Edson e Jean os responsáveis. No futebol moderno, quem faz essa cobertura é o zagueiro. Ou seja, na direita a cobertura seria Gum e, na esquerda, de Marlon.

Resumindo: é preciso que Dubriscky consiga compactar nossas linhas de marcação, faça nossa última linha jogar com uma sobra e defina e treine a cobertura dos laterais.

No ataque o time parece estar bem. As entradas de Gerson e Kenedy foram fundamentais para o acerto do sistema ofensivo. O primeiro deu o toque de qualidade, da bola verticalizada, que tínhamos perdido com a saída de Conca, já que Wagner não tem essa característica. Já Kenedy deu a velocidade que há anos nosso time não apresentava.

Até contra-ataques rápidos já estamos conseguindo aplicar. Não me lembro de ver esse tipo fundamental de jogada desde 2012, quando tínhamos Wellington Nem no time.

Reforços

É certo, cristalino, que precisamos melhorar o time e, principalmente, o elenco, se quisermos ter pelo menos tranquilidade no Brasileiro desse ano. E quando falo em tranquilidade, refiro-me a ficar em uma posição intermediária da tabela que nos permita distância do rebaixamento.

Sinceramente, pelo que nosso time atual, não vejo possibilidade sequer de briga por Libertadores.

É claro que há ainda muito que se acertar e a possibilidade da chegada de reforços, mas, refiro-me ao cenário atual.

Sobre os reforços, o único que parece perto das Laranjeiras é o Pierre, ex-Palmeiras e atualmente no Atlético/MG.

Creio ser Pierre uma boa contratação para o caso dele vir para ser reserva do Edson. Não temos hoje no elenco um jogador pronto para substituir o titular e, como é sabido, um campeonato longo como o Brasileiro exige que o clube tenha peças de reposição para todas as posições que garantam a manutenção de uma qualidade mínima ao time.

Estádio

Sou um entusiasta quando o assunto é a volta de jogos oficiais às Laranjeiras.

Essa semana o Gustavo Albuquerque do globo.com reavivou esse assunto em seu blog da terça-feira.

A volta à nossa casa deveria ser um assunto de prioridade máxima para a nossa diretoria. Além de toda a história e magia que envolve o campo das Laranjeiras, seriam inúmeros os benefícios que essa opção nos traria. Evidente que a falta de grana deve ser o maior entrave para a execução do projeto, já que nem dinheiro para o centro de treinamento existe.

O principal retorno que o clube teria seria exatamente o financeiro, com uma possível adesão em massa ao projeto sócio-torcedor, que, aliás, acabou de ser relançado pelo clube, com novas opções e outra roupagem. Basta ver a quantidade de sócios que Palmeiras e Corinthians captaram depois de abertas as suas arenas.

Não conheço um projeto de marketing melhor para cooptar o torcedor a contribuir com o clube que a reabertura das Laranjeiras.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: google

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