De volta ao 4-2-3-1 (por Marcus Vinicius Caldeira)

esquema 4 3 2 1 25 05 2015

Enderson Moreira de volta ao Fluminense após passagem por 2011 e demissão do Ricardo Drubscky – fato em que, confesso, não houve clareza se aconteceu uma demissão ou não. Em princípio, demitido. E reestreia num jogo que, embora tivesse sido realizado no Maracanã, seria – como foi – carne de pescoço; afinal, o Corinthians é um time muito bom e muito bem treinado pelo excelente Tite.

E não foi só o Enderson que voltou. Com ele retornaram o esquema 4-2-3-1, campeão com Abel e muito usado pelo Cristóvão, mais a pegada que sobrou contra o Joinville e faltou – muito! – no jogo contra o Galo. Chego até a suspeitar que… Bem, deixa para lá.

O time de fato voltou a jogar bem. Não foi um primor, mas jogou com intensidade, compactado, com linhas bem definidas e conseguiu algumas vezes chegar com perigo ao gol adversário, furando a forte marcação do esquema corintiano.

Logo de cara, tivemos uma chance clara com Gerson, que chutou na grande área em cima do gigante goleiro Cássio. Depois, Jean na pequena área ao receber belo lançamento vindo da esquerda.

E a melhor chance veio com Vinicius – o melhor em campo – onde, após uma defesa sensacional do Cássio, a bola sobra limpa para o meia que tirou do goleiro, mas ela bateu caprichosamente na trave.

E o melhor: o Corinthians no seu 4-1-4-1, mesmo com mais posse de bola, não nos ameaçava.

O começo do segundo tempo voltou com a mesma intensidade. Vinicius se movimentando bem, Wagner mais preso na esquerda e Gerson na direita, com Fred encaixado na área. Gostei de ver o Edson mais preso aos zagueiros. Os laterais avançaram pouco, principalmente o Renato.

E o Fluminense teve uma chance de ouro num bate-rebate na área, com a bola sobrando para Fred chutar na pequena área em cima do Cássio. Era a bola do jogo.

Depois, o meio cansou. Vinicius foi substituído – em princípio por cansaço – e entrou o Lucas Gomes. E aí o time murchou de vez. As substituições não surtiram efeito, Magno Alves no lugar do exaurido Gerson e Wellington Silva no de Renato, que machucou. O Corinthians avançou suas linhas, entrou com Sheik e ficou mais no campo do Flu do que o inverso.

Em verdade, só ameaçou num chute de fora da área para excelente defesa de Cavalieri e num incrível gol perdido por Guerrero, após Gum perder uma bola dominada.

Não poderia deixar de falar no pênalti do Gil. Num lance anterior, o juiz marcou mão do Fred. Em lance idêntico, o juiz deixou seguir a mão do Gil. Terrível.

A lamentar que poderíamos ter ganho o jogo: tivemos três bolas para fazê-lo e não aproveitamos.

Gostei da postura de briga do time, compactação e intensidade ao ataque. Os laterais mais uma vez foram mal, embora o Renato dê muito mais segurança lá atrás, mas em compensação não apoia. Wellington Silva joga exatamente ao contrário. É a cruz ou a espada. Edson é um leão ali atrás e urge sua contratação em definitivo.

Entendo que, se jogarmos com essa postura e melhorarmos alguma coisa que podemos melhorar, dá para sonhar com algo maior do que só o meio da tabela. Mas teremos que entrar mordendo sempre.

Todos ao Fla-Flu!

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Por não jogar em Brasília, o Fluminense pode ter tido um prejuízo de uns setecentos mil. Sou sempre a favor de jogar no Maracanã e não colocar jogos lá. Mas, o fato que a torcida ficou de mimimi e não fez sua parte. Querem o Messi, mas não se associam, não vão a jogos e etc. Aí é fácil. Ah, sim, a culpa é da gestão, do marketing, de deus…
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Nova música de incentivo na área:

“Sou Tricolor… Sou tricolor… E quem nem pula… É molambo”.

Gostei muito. Palmas para o pessoal da Bravo, Legião e agregados na sua luta pelo apoio incondicional na arquibancada.

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Já tem uns dez grupos políticos para eleição no Flu.

Legítimo, sempre. Porém, aguardemos o fim dessa história.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @mvinicaldeira

Imagem: google/guis

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