Criciúma 1 x 2 Fluminense (por Paulo-Roberto Andel)

rhayner abril

Uma partida que não difere tanto de outras.

O resultado também não, felizmente.

Mas o importante foi comemorar outra vitória tricolor no campeonato brasileiro: virada por 2 x 1, o improvável Bruno marcando duas vezes e o “pré-rebaixado da imprensa” parece exercer sua vocação de desafiador de paradigmas.

Correria e marcação, cautela e pouca objetividade, o Fluminense tomou um de seus gols típicos de 2013: a bola mal-rebatida deu sobra e Anderson consegue atrapalhar até involuntariamente. Tínhamos começado bem o jogo e, de novo, na primeira conclusão adversária, o revés.

Sim, o gol mal-anulado e o pênalti mal-marcado para o Criciúma deram outras cores ao jogo.

O bom da história foi ter a capacidade de reação ainda no primeiro tempo – e já com Felipe em lugar de Diguinho, em noite sofrível e rara nos últimos jogos – sacado ainda no primeiro tempo antes que fosse expulso.

A estocada de Carlinhos – ele acerta quando quer – e a novidade com Bruno de matador na pequena área, tranquilizando a equipe – descer para o vestiário em desvantagem seria mais complicado.

Havia desde sempre sinais de que a vitória fora de casa era possível. Ela veio no segundo tempo. Mais à frente, o Fluminense soube ser definitivo quando preciso. Sobis, o melhor do time em 2013, acertou um balaço no travessão – o rebote veio em cheio para o neocabeceador Bruno, finalizando com categoria. Mas muito antes dos 2 x 1 o Fluminense era superior e já merecia a supremacia no placar. E não se pode deixar de elogiar Luxemburgo por mais este jogo: mexeu sem esperar, ousou, interviu pela vitória pouco importando que fosse fora de casa – aliás, pelo volume de jogo, o Flu nem parecia estar fora do Maracanã.

Com Edinho na briga, Biro-Biro em campo por todos os lados, Rhayner na correria, até mesmo Fábio Braga – novamente – com equilíbrio, Cavalieri 2012 nas traves, o Fluminense soube suportar a pressão local até o fim, chegou aos 29 pontos e constrangeu todas as expectativas FlaPre$$. Ainda é preciso um rol de pontos importantes, mas já parece haver consenso de que a recuperação tricolor é uma realidade. Ah, claro, a zona de rebaixamento está logo ali? Sim, mas com detalhes fundamentais: passamos muita gente boa e o que temos feito nestas partidas recentes indica ascensão – justamente o contrário que sofridas manchetes querem dizer, por conta de seus editores ordinários.

Tentamos, lutamos, erramos, acertamos. Fomos humanos e vitoriosos. O Fluminense não vai cair – ao contrário, sua expectativa é de decolagem. Não, não temos grande talento por ora: o que nos sobra é uma aplicação incurável, empolgante, daquelas que leva o talento e a destreza a reboque. Time de guerreiros? De operários? Timinho 1952? O tempo vai dizer, mas as promessas são as melhores. Sem garra não se bebe um gole d’água.

O campeão pode ainda não ter voltado, mas o time que vai brigar pelas primeiras colocações já está ávido para voltar ao Maracanã sábado. Nós também: somos maníacos e felizes. Xô, carpideiras rancorosas!

Até dezembro nossa estrada é bem longa, longa. Seja na técnica do passado ou na garra de hoje.

Todos ao jogo contra o Coritiba. Só nos resta viver.

FlaPre$$? Eu falo no sábado.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

Imagem: abril.com.br

http://www.editoramultifoco.com.br/literatura-loja-detalhe.php?idLivro=1184&idProduto=1216