Corner. Medo! (por José Augusto Catalano)

Corner para o seu time? Tremei!

Conseguiram transformar o corner num grande perigo para os ataques.

Já havia escolhido o tema durante a semana, mas sábado, o meu querido Vasco da Gama fez questão de ilustrar o tema com um portentoso exemplo do que não se fazer num escanteio. E olha que estou falando de um cruzamento do Juninho. A defesa espalhou – errado, pra meia lua – alguém rebateu pra trás e o Felipe, num momento digno de PerIgor, ligou o contrataque na ponta direita. Um único passe certo e o jogador do Figueirense saiu do seu próprio campo sozinho até tocar por baixo do goleiro – ruim – já dentro da área.

1987. Corner. Subiam Donato e Fernando e ficavam os tampas Mazinho, Geovani, Mauricinho, depois Zé do Carmo. Sempre. Era ensaiado. Não sei mais se essas coisas são treinadas, mas a quantidade de “acidentes” como o de ontem é gigante. Sendo ou não, tudo parece muito casual. Não se vê, na enorme maioria dos times nem um arremedo de treinamento. Sobem os beques e o córner é batido quase rasteiro, no 1o pau, na cabeça do 1o beque adversário. Ai, o time da defesa, todo de frente, arranca em direção ao gol enquanto o time atacante parte desesperado para matar a jogada, quase sempre a base de faltas grosseiras.

Pior do que isso é o maldito corner curto – no qual a bola, muitas vezes, sequer chega à área.

Gostaria de saber quem é o autor dessa imbecilidade tão difundida.

Córner batido pra trás, bola devolvida pro goleiro. Batido pra trás, o recebedor perde a bola pro marcador. Contra ataque. Batido pra trás, devolvida pro batedor. Impedimento. Batido pra trás, abafado pra lateral.

Estatística houvesse, não se faria mais isso. Mas não há.

Segue a ignorância. As defesas agradecem.

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Sou fascinado por jogos antigos de futebol. O deste lance abaixo é uma lenda. É a primeira derrota inglesa em Wembley. Seis a três para a Hungria de Puskas, em 1953, ou seja, um ano antes da copa perdida na Suiça. Consegui baixar da web várias partidas desta época, dentre as quais esta própria, narrada em húngaro. Não consegui, no entanto, baixar a “batalha de Berna, Hungria 4 x 2 Brasil, na prorrogação, semifinal da copa de 54. Dizem que tentamos ganhar este jogo este jogo na base da porrada. Sou louco pra ver. No vídeo abaixo, o gol de Puskas em Wembley, tido como um dos gols mais bonitos de todos os tempos.

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Hoje, posso dizer que sou tricolor. Abraços!

José Augusto Catalano

Panorama Tricolor/ FluNews

@PanoramaTri

Imagem: google.com

Contato: Vitor Franklin