Roberto, um ídolo de outras cores (por Paulo Rocha)

Ainda vivendo o luto pela partida do Rei Pelé, os corações dos amantes do futebol brasileiro sofreram mais um duro golpe nesta cinzenta manhã de domingo. Roberto Dinamite, maior ídolo da história vascaína, também nos deixou.

Roberto foi um personagem marcante da minha juventude. Quanto apreensão ele me causava durante os inúmeros Fluminense x Vasco em que estive no Maracanã. Quantos gols fez no meu Tricolor… Aliás, foi o clube que mais teve as redes balançadas pelo Dinamite.

O camisa 10 da Colina, para mim, foi e sempre será sinônimo de Vasco. Tiver oportunidade de dizer isso a ele quando numa das vezes em que o entrevistei. Foi o mais temido goleador de todos os que vi jogar, e foram muitos.

“Roberto! Roberto!” O grito vindo do outro lado da arquibancada do Maraca ainda ecoa na minha memória. Assim como ecoa o bordão do também saudoso Januário de Oliveira nas suas narrações: “Dinamite neles, Roberto”!

Mesmo não sendo do meu time, foi meu ídolo. Transcendia a paixão clubística não só de tricolores, mas de rubro-negros, alvinegros e muitos outros mais. Personagens do tamanho de Roberto Dinamite não surgem mais. São lendas.

Meus sentimentos à família, à torcida do Vasco e aos amantes do futebol que tiveram oportunidade de presenciar centenas de gols seus. Assim como o velho Maracanã não existe mais e o Rei Pelé disse adeus, Roberto, agora, é história. Um pedaço da história da minha vida.