Compra de ingressos: a vergonha de sempre (por Raul Sussekind)

Ser sócio do Fluminense Futebol Clube é uma profissão de fé.

É um exercício eterno de resiliência.

É saber que será mal tratado e ainda assim, fielmente, pagar a fatura todo dia 05.

É saber que, mesmo no 39° ano de contribuição ininterrupta, você não receberá nem um diploma de sócio, nem um chaveiro de presente de aniversário.

É saber que, quando o Fluminense for jogar qualquer partida importante, como um Fla x Flu que decide um possível bicampeonato (e olha que o campeonato Carioca já não é considerado importante por todo torcedor – para mim é), você passará quatro horas tentando acessar a página de checkin do Sócio Futebol e não vai conseguir. Porque a estrutura do site não comporta 10-15 mil acessos.

Para referência, qualquer show de rock chinfrim tem centenas de milhares de acessos simultâneos e funciona.

O Fluminense Futebol Clube, administrativamente, não pode ser comparado a uma padaria ou a uma quitanda, em respeito aos comerciantes que as operam, anos-luz mais eficientes que nosso clube. A vergonha é infinita.

Como podemos aspirar conquistas quando sequer conseguimos um tratamento profissional aos sócios do clube?

É triste.

Continuarei tentando.

Exercendo minha profissão de fé e testando minha resiliência.

Mário, sua pose de grande gestor não resiste a uma venda de ingressos.

Saudações tricolores.