Como será amanhã? (por Rods)

SeleçãoComo canta Simone, responda quem puder. Quinta-feira, dia 12 de junho de 2014. Estreia da tão esperada Copa do Mundo no Brasil. Ela foi bem-vinda, mas também foi odiada. Foi festejada, mas também ameaçada. E, mesmo que tendo que passar por manifestações e por uma política de ”rouba e faz mais ou menos”, a verdade é que ela vai acontecer. Poderia ser mais limpa e mais bonita? Sem oportunistas de plantão? Poderia e deveria. Assim como não precisávamos passar por algumas vergonhas perante o mundo. Mas ainda assim, repito, ela vai acontecer. Apenas uma catástrofe descomunal pode impedi-la agora.

O povo em geral não está satisfeito com a situação do País, mas quatro mil pessoas madrugaram em filas para ver o treino da Argentina. Não há um “Arakém”, mas as ruas estão enfeitadas. A cara (e feia) versão atual da amarelinha não se tornou um sucesso de vendas, mas um garotinho lutou para furar a segurança da CBF e ver a Seleção de perto. Os ingressos foram salgados e difíceis de conseguir, mas praticamente se esgotaram.

Já há algumas semanas, surgem vários relatos de quem queria que em 1970 a Copa se explodisse, mas não se conteve de alegria com o tri. Outros dizem que juraram nunca mais torcer pela Seleção em 1998, mas que festejaram 2002. Eu mesmo passei por um difícil término de relacionamento em 2006, daqueles bem doloridos que tornam o mundo um grande horizonte cinza. Mas eis que no terceiro jogo, no terceiro gol do Brasil contra o Japão, me peguei sorrindo. Claro que motivos bem diferentes para desgostar da Copa, mas todos vencidos igualmente.

É, a Copa vai acontecer. E como uma grande força da natureza, vai fazer a maior parte ficar feliz com a bola na rede, um soco no ar, uma sambadinha. Se a Seleção cair, muitos vão praguejar e soltar um “bem feito”, com o pensamento de “putz, que merda”. Mas se vier o hexa, muitos vão bater no peito com orgulho, abraçar o amigo, beijar o amor e levantar o sobrinho como se uma taça fosse. Aliás, esse é o grande bem que uma Copa do Mundo traz: a união. Uma desculpa para juntar amigos, família, conhecidos e estranhos. Esse troféu não há roubalheira, desvio de verba ou corrupção que derreta.

Em minha opinião, respondo que o amanhã pode começar com desconfiança, mas terminará em festa.

Acho importante lembrar que a luta por condições melhores não precisa da Copa para acontecer. Ela deve ser constante e lembrada nas urnas.

Nos acréscimos

Entre Alemanhas, Argentinas e Espanhas, sugiro que vocês prestem bastante atenção na Bélgica. Uma possível final entre belgas e brasileiros não me surpreenderia. Já a Itália, que enfrentamos domingo passado não me comove. Poucos craques e lutando para recuperar o brilho de seu futebol. Talvez o peso da camisa ajude, talvez só em 2018.

ST!

Panorama Tricolor

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Foto: Rafael Ribeiro / CBF