Com emoção (por Paulo Rocha)

PAULO ROCHA

O roteiro é um velho conhecido da torcida tricolor. Após um belíssimo primeiro tempo, o Fluminense sofreu um apagão na segunda etapa e transformou um jogo que se desenhava fácil num autêntico filme de terror. Com direito até a um susto no último lance, após termos, mais na base coração do que na estratégia, recuperado a vantagem no placar.

A vitória sobre o Figueirense, em Edson Passos, teve todo esse aspecto dramático. E foi importantíssima. Os 3 a 2 nos colocaram na oitava posição na tabela do Campeonato Brasileiro, mais perto do G4 e, é bom lembrar, mais distantes da zona da degola.

O jogo foi atípico desde a escalação de Pierre (que supreendentemente deu certo) passando pelo bate-boca entre Carlos Alberto (a quem nós, tricolores, conhecemos muito bem) e Levir Culpi e culminando com a trapachada gestual do árbitro aos 49 minutos.

Sobre o “barraco” entre Carlos Alberto e Levir (que não o provocou, mas embarcou nele), a explicação dada por Wellington Silva posteriormente esclareceu o que realmente houve e colocou ponto final no incidente.

Temos agora o Clássico Vovô, na Ilha. Duelo recheado de rivalidade num campo que está num estado ruim – com o qual os botafoguenses estão acostumados. Não podemos dar bobeira e digo mais: nossa torcida tem que comparecer em bom número, pois a deles estará lá. Jogo entre rivais centenários se ganha também com o grito da arquibancada.

Após o duelo com o Botafogo virão dois jogos em nosso atual caldeirão, contra o Atlético-MG e Chapecoense. O primeiro deles possivelmente marcará o reencontro da torcida tricolor com Fred. Um ingrediente e tanto. Na próxima coluna, voltaremos a esse tema.

xxxxxxxxxx

Em que pese o fato de não termos nenhum representante tricolor na equipe, foi gostoso voltar a ter prazer em torcer para a Seleção Brasileira. Com Dunga de técnico, não dava. Espero que Tite faça um bom trabalho e não se esqueça de observar com carinho também o futebol carioca para definir as suas convocações.

xxxxxxxxxx

Ver a campeã olímpica Rafaela Silva vestindo a camisa tricolor encheu-me de alegria. Como ex-judoca que sou, senti-me feliz de saber que a guerreira compartilha da mesma paixão. O Fluminense é do povo, da Cidade de Deus, da Baixada, da Zona Sul. Está em todo lugar.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: paroc