Colo-Colo no caminho tricolor (por Paulo-Roberto Andel)

Apesar da mediocridade técnica que reina no futebol sul-americano, as partidas da Libertadores não oferecem a menor facilidade para os times brasileiros. Logo, o Colo-Colo x Fluminense de logo mais deverá seguir a mesma linha da competição.

Em futebol, as coisas podem mudar com espantosa velocidade para o bem e o mal. Eis a grande esperança do Fluminense para esta temporada. Hoje, sinceramente, o Flu não é favorito a nada, mas quem sabe Diniz se manque e rejuvenesça a escalação tricolor para as disputas? Antes tarde do que nunca.

Seguimos torcendo, pois.

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Thiago Silva vem para ser titular absoluto, nem que seja por um ano. Não lhe falta qualidade para isso. A questão é que, no Fluminense, o excesso de veteranos é um problema sim.

Que time do mundo conseguiu disputar competições de alto rendimento com tantos veteranos, alcançando resultados expressivos? O Flu já detém o título de time mais experiente dentre todos os campeões da Libertadores, só que o raio cair duas vezes no mesmo lugar é mais difícil.

Um caso a se pensar.

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É impressionante que, por paixonite ou negacionismo contábil, centenas de tricolores tenham demonstrado seu ódio no Instagram do PANORAMA pela exposição do rombo no balanço tricolor.

Trata-se de um assunto muito sério. O futuro do clube depende disso. E o rombo é tão descarado que o entendimento do problema pode ser atestado por qualquer criança que tenha conhecimentos elementares de Matemática.

Defender os resultados publicados no balanço tricolor só pode demonstrar duas vertentes: suprema ignorância sobre o tema ou deliberada má fé.

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Na roda viva do Complexo Maracanã, nem todo mundo entendeu que a crítica não se deve ao fato do Fluminense receber proporcionalmente a seu investimento realizado, mas sim pela limitação das receitas nos próximos 20 anos.

O Flamengo entra com 2/3 do investimento, o Fluminense com 1/3. Para equilibrar em 50%, o Flu deveria aumentar seu aporte em pouco mais de 100 milhões, mas não tem. Por quê?

Simples: os 100 milhões que faltam são o rombo de 2023.

Traduzindo: o Fluminense terá 20 anos de inferioridade no Maracanã porque torrou dinheiro com Gabriel Pires, Thiago Santos, Guga, Renato Augusto, Douglas Costa e companhia ilimitada. Zero lucro para o clube.

Quem ganhou com isso? O Flu é que não foi.

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Um breve comentário.

Eu sou Fluminense Football Club.

Torço para o Fluminense desde 1973.

São mais de 50 anos nisso.

Não sou dono da verdade e nem quero ser. Não me interessa ser seguido nem “formar opinião” (coisa ridícula).

O que faço como cronista há 15 anos é dizer o que penso e sinto, pouco importando se chegará a poucas, várias, muitas pessoas ou uma multidão. Basta respeito e seriedade.

Meu trabalho como escritor não conta com qualquer apoio de fulaninho ou sicraninho do clube. Pelo contrário: gente de lá tentou e tenta boicotar, sabotar e invisibilizar meus esforços literários pelos meios mais sujos. Inútil: o Museu do Futebol, rádios e TVs já o consagraram.

Aliás, não reconheço no staff do clube nenhuma pessoa capaz de fazer uma crítica séria a respeito da minha produção literária, que vai bem além do Fluminense, em diversas áreas.

Assim sendo, eu sou Fluminense Football Club.

Não sou Presidente Futebol Clube, nem Treinador Futebol Clube, nem Camisa 9 Futebol Clube. Não sou Conselho Deliberativo Futebol Clube. E não tenho o menor interesse em ser amigo de jogador, treinador e dirigentes.

Cronista que se preza não bajula seus objetos de crônica.

Pouco importa a grande audiência, os likes ou aparecer no grotesco cenário que hoje representa a bolha tricolor nas redes anti sociais.

Escrevo porque gosto. O PANORAMA existe por isso.

Eu e minha equipe estamos aqui há 12 anos.

Muito obrigado a você que nos prestigia e nos dá força. E quem não dá não faz a menor falta.