Chamado à razão (por Márcio Machado)

Mais duro do que um ano difícil no futebol é o mesmo gerando uma crise permanente.

Vencemos o rebaixamento, mas a temperatura continua alta politicamente. Tornou-se um consenso de que o presidente tem de cair e tomando no &*%%$% de preferência. Até concordo, mas é preciso não ter ilusões.

Claro que a incompetência da Flusócio e do Abad é algo fora de série; que acabar todo ano quebrado devendo vários meses de salario não dá; que um time que só cai de qualidade, se apequena e, ainda assim, não para de pé não é admissível; vendas de jogadores que não se convertem em receitas; clube sem influência nos bastidores. Precisamos dar um basta nisso.

Ao mesmo tempo, temos que garantir apoio a um hipotético nome, tanto moral quanto financeiro.

O contexto seguira complicado em termos de receita e não dá para esperar time competitivo imediatamente. Mesmo com aporte financeiro, a falta de credibilidade do clube vai atrapalhar. A influência do Flu na CBF também não renasce assim. Há de se ter certeza que o nome que venha a assumir em caso de impedimento seja bom, que tenha apoio irrestrito dentro do clube e ajuda financeira.

Mas é certo que a realidade não é assim. Teremos, se for o caso, com muita dificuldade, alguém provavelmente bem intencionado, mas sabotado pela Flusócio e os piscineiros olímpicos, pois haverá prioridade para o futebol, sem dinheiro. Apesar disso, poderíamos ter mais estabilidade, com um marketing e receitas mais confiáveis, além de um time que oscile menos, pois estará mais respaldado pela diretoria. Mesmo longe de ser brilhante, e também de passar o ano inteiro sem atrasos, seria o momento de reagir às cornetas e as fake news da Flupress, de se apoiar fora e, principalmente, dentro dos estádios. Interessa a muitos um Fluminense fraco; o contrgolpe depende de nós.

Com isso, termino a nossa primeira temporada nesse espaço. Agradeço ao Paulo-Roberto Andel pelo convite há um ano, aos colegas de PANORAMA e ao torcedor que leu meus artigos nesse período, especialmente aos que entenderam a pegada antimajoritária desse espaço. Boas festas a todos, e que Papai Noel nos traga essa renúncia o mais breve possível.

Até 2019 ou em edição extraordinária.