Carro velho é bom pra subir morro? (por Manoel Stone)

E não é que a conta chegou?

Não se compra impunemente uma série de grandes carros, mas já de bastante rodagem e alta quilometragem, sinto dizer, mas por melhor que seja o carro, quando está na condição citada, apesar do conforto, luxo e demais comodidades de ser um veículo top, com o passar do tempo chega a hora em que começa o tempo de trocar peças. Se não é o coxim é o amortecedor, quando não é o sistema de injeção e assim cada uma das partes impede o veículo de rodar.

Alguém fica surpreso com isso? Eu não fico, pois já estava contando que iria acontecer, era inevitável!

Não se discute a qualidade de jogadores como Marcelo, Keno, Felipe Melo, David Braz, mas a qualquer momento esses atletas, assim como carros bem usados, nos deixam na mão, e juntando com os carros novos que sofrem “batidas” e outros imprevistos vão parar na “oficina” e desfalcam a frota, e, se na frota existem muitos celtinhas, golzinhos e outros carrinhos de menor qualidade, é óbvio que o desempenho da “frota” como um todo vai cair e muito, e muitos “clientes” ficarão insatisfeitos.

Além disso, ainda se tem levar em conta as preferências de quem sugere e entrega carros sem qualidade ao cliente. Como pode alguém que quer alugar um carro bom se satisfazer com marcas e modelos como Lima, Pirani, Thiago Santos e Geovanni? É claro que a reclamação virá e quem perde é a empresa que não soube montar sua frota. Havia carros novos e ainda não testados que deveriam ter sido, mas não foram, assim como outros descartados para garantir o lugar na frota dos “carrões” que só os que a gere imaginou que dariam conta do recado. Ledo engano, deveriam ter feito o teste dos “protótipos” criados na empresa até antes de trazer as charangas que vieram do mercado.

Não vou entrar no mérito da honestidade dos vendedores de carros usados, mas sabemos que não é gente para se fazer negócio de olhos fechados e bolsos abertos. Compra-se muita coisa ruim e que não dará retorno, quando estão funcionando realmente são muito bons e eficientes, mas o caso é que quebram demais, e mesmo quando estão ok já não têm o mesmo torque nem a velocidade final. É o que já foi, a lataria já está bem cheia de massa, o que descasca a pintura facilmente antes mesmo de quebras mais sérias.

Alguém me falou que Lima é bom, não acho. Para mim não passa de um “carro mediano”, um Yago Felipe melhorado, mas que não eleva o desempenho da frota. Enquanto isso, os protótipos que saíram de nossa fábrica própria continuam no fundão da garagem esquecidos e até se pode dizer desprezados.

A dupla Pirani e Geovanni é bem fraca, tanto tecnicamente quanto fisicamente, não adianta quererem me convencer do contrário, pois não existe fusquinha que supere um carro moderno e de boa marca. Até bons carros médios os superam, isso não tem nem o que discutir, e são esses jogadores que estão na stand de aluguel ou venda em detrimento da turma do fundão da garagem.

E de quem é a culpa? Bom, aí se divide essa responsabilidade entre o dono da empresa, do gerente (ou gerentes) e do chefe da garagem e gerente do stand, pois em última análise este concordou coma vinda dos carrões bichados, e também com a não testagem dos carros novos feitos na própria garagem, se é que me entendem.

Só para exemplificar, ouvi por aí que estão querendo trazer o calhambeque Diogo Barbosa do Grêmio, e que o chefe da garagem e gerente do stand, é isto mesmo, ele próprio ligou para uma carroça velha da marca Éverton Ribeiro, já bem rodado, com o odômetro com números bem altos e que já está em decadência. É inexplicável essa tara por carros velhos!

A pergunta é: carro velho é bom pra subir morro?