Carioca e Libertadores, uma arrancada só (por Marcelo Diniz Gomes)

A derrota frente ao Jnior de Barranquilla ainda dói no torcedor tricolor, pois além de deixarmos de nos classificar, ainda ficamos bem ameaçados de nos despedir da competição continental na próxima terça feira.

No meio disso tudo ainda segurando a depressão da derrota, a equipe terá que juntar os cacos e se aprumar para a grande final contra o queridinho da mídia.

Confesso que a sensação que nesse momento é dúbia. Um misto de decepção e angústia com esperança e destemor.

Tudo que for feito nesse sábado na final do Estadual com certeza refletirá na peleja também decisiva da terça.

Fica evidente que temos que reforçar a nossa marcação na intermediária defensiva e espero que Roger esteja atento a isso, colocando um “volantão” a frente da zaga.

Podemos nessa final jogar com André, Yago e Martinelli ou até mesmo com Wellington, Yago e Martinelli. Se ainda se quiser espelhar o meio de campo do rival, poderia inserir o P.H. Ganso jogando à frente da zaga com Yago e Martinelli completando esse meio.

Assim, Roger poderia escalar um meia de criação que pode ser o Gabriel Teixeira ou Cazares, deixando Kayky e Fred bem à frente, com o primeiro citado partindo pra cima da zaga rubro negra.

O que conforta nisso tudo é que temos bons valores individuais como Kayky, Gabriel Teixeira, Fred e Cazares. Estes, somados a uma mínima organização defensiva, nos darão alegrias e, quem sabe, o nosso 32° título estadual. De quebra, ainda nos fortalecerá e nos encherá de brios para enfrentar o poderoso River em seus domínios.

O River que, mesmo destroçado, se mostra carne de pescoço, vide a atuação guerreira da quarta feira frente ao Santa Fé.

Aproveitando o gancho do nome do rival colombiano, santa fé é o que nos guia nesse momento. Temos problemas para este sábado, mas o adversário mesmo tendo uma equipe mais robusta, enfrenta problemas gravíssimos no seu setor defensivo.

Como disse anteriormente, se soubermos fechar a casinha, se estivermos mentalmente focados e se as individualidades estiverem iluminadas, temos chances concretas de gritar a plenos pulmões que, enfim, somos campeões cariocas depois de nove anos, assim como foi em 1995.

E nem precisa ser de barriga: basta a bola atravessar a linha delimitada.

Gravatinha e João de Deus estarão mais do que nunca alertas e, como diria Nelson Rodrigues, “Todos os tricolores vivos ou mortos se unirão para celebrar o Fluminense, enfim campeão da cidade”.

Que assim seja.