Amigos, amigas, Bragantino e Fluminense abriram a 21ª rodada do Campeonato Brasileiro. Mesmo jogando fora de casa, o Fluminense, mesmo com time muito modificado, com Renato dando sequência ao rodízio de jogadores, tinha ligeiro favoritismo. Afinal, vinha de sete partidas de invencibilidade, enquanto o Bragantino acumulava oito derrotas seguidas.
Só que futebol é um esporte meio esquisito. Esqueceram de avisar ao time do Fluminense sobre o início da partida e fomos penalizados com dois gols em míseros três minutos.
Praticamente, isso quer dizer que começamos a partida com dois gols de desvantagem.
Apesar disso, o Fluminense foi superior no restante da primeira etapa, pelo menos até o último passe, que, quase invariavelmente, era um cruzamento para uma área cheia de jogadores adversários, que ganhavam todas as disputas. Lucho Acosta, que iniciou a partida como titular, fazendo uma meia cancha de respeito, com Bernal e Hércules, passou quase toda a primeira etapa tentando achar passes verticais, que quebrassem a última linha do Bragantino, mas só conseguia mesmo era dar a bola para o adversário.
Ironicamente, em seu primeiro acerto, saiu o gol do Fluminense. Depois de excelente virada de jogo para Guga, Acosta conseguiu se aproximar e receber a devolução com espaço para pensar e calcular o passe, que saiu preciso para Canobbio, nas costas da zaga. O uruguaio avançou e rolou para trás. Hércules agradeceu e mandou de chapa para a rede.
Tudo indicava que o Fluminense reunia as condições para uma virada na segunda etapa, mas a história da primeira etapa se repetiu, não como tragédia ou farsa, mas como piada de péssimo gosto. O lateral da terra do pão com linguiça recebeu a bola junto à lateral da área sem sofrer qualquer combate da defesa tricolor. Ironicamente, o atacante que faz o gol no segundo poste também entra sozinha. Não havia quem marcasse o arco, tampouco a flecha. Quem, então, a defesa do Fluminense marcava?
Renato pode ter toda razão em apontar a falta de foco e atenção da equipe, mas falhas de marcação, como algumas que ocorreram ontem, devem ser explicadas de outra forma, porque são coletivas e táticas. Não adianta transferir toda a culpa para os jogadores, porque é o técnico quem treina e escala esse time.
Com o jogo mais equilibrado na segunda etapa, o Fluminense ainda chegou ao segundo gol, com Lucho Acosta pegando rebote dado pelo goleiro do RB, após belo arremate de Guga, acendendo a chama da esperança, mas o jogo não parecia mesmo para o nosso bico. Guga, que realizava ótima partida, escorregou quando isso era mais inapropriado. Era o último homem e, ao perder o equilíbrio, decretou nossa sentença.
Mais uma falha, mais um gol do Bragantino, que esteve próximo de fazer o quinto em dois contra-ataques. Seria um resultado cruel demais para o que o Fluminense apresentou em campo. Mérito para o Bragantino e castigo merecido para nós pela atuação defensiva desastrosa.
Próxima parada; Fonte Nova, quinta-feira, Copa do Brasil. Hoje era jogo importante, quinta é decisão.
Saudações Tricolores!