Botafogo 2 x 0 Fluminense (por Edgard FC)

Lá se foram os meninos da Cidade de Deus/Curicica/Jacarepaguá/Barra Olímpica, seja lá onde fica o CT Carlos Castilho, subir a Linha Amarela até a altitude de Engenho de Dentro, charmoso bairro onde fica o museu do trem, local da antiga oficina da vilipendiada e recortada Flumitrens, para enfrentar os gajos botafoguenses.

Enquanto os titulares do Fluminense, além de seu icônico treinador, terem ficado no Rio de Janeiro para treinar e aprimorar a técnica, os alvinegros batalharam à vera no meio de semana na Argentina diante do Estudiantes; mas ao fim da primeira etapa o que pudemos testemunhar foi um Fluzão envolvido, apático, sem saber o que fazer, enquanto o Fogão tinha tudo delineado.

Em um ataque com movimentos perfeitos, como se fossem ensaiados por Deborah Colker, debelaram o sistema defensivo tricolor pelo lado esquerdo que sequer causou incômodo a Savarino, que fez passe com perfeição para Vitinho tocar no contrapé de Fábio para abrir o placar em um a zero, placar magro se levarmos em consideração o domínio do time da casa.

O Fluminense voltou ao segundo tempo mais eriçado, mais animado, enquanto o Botafogo voltou mais tímido, recuado, buscando o contragolpe.

Passados os primeiros dez minutos, o Botafogo retomou seu ritmo oprimindo o Fluminense e expondo o quão fraco é o setor defensivo da equipe, incluindo linha de passe ou altinha dentro da área tricolor.

As mexidas de lado a lado buscavam mais repor energia do que modificar de fato o quadro tático, a não ser quando Renato do Flu colocou Baya na vaga de Martinelli, pois em tese teria mais atacantes, muito embora a qualidade do passe e percepção de jogo tenham sido alteradas evidentemente.

Arias, que parece jogar sozinho, com seu próprio instinto e entusiasmo, em cobrança de falta, carimbou o travessão de John, um castigo injusto para o melhor jogador do Campeonato Brasileiro, embora os especialistas não aceitem essa verdade latente.

Ao apagar das luzes, Savarino, em bola cedida por Baya, que não conseguiu encaixar uma jogada sequer, tocou na saída de Fábio para matar a partida, fazendo o clássico placar de dois a zero, empilhando mais uma vitória sobre o Fluminense de forma seguida, agora são oito, sequência jamais ocorrida em toda a história do Clássico Vovô.

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BOTAFOGO 2 x 0 FLUMINENSE
Campeonato Brasileiro – 6ªRodada
Estádio Nilton Santos (Engenhão) – Rio de Janeiro-RJ
Sábado, 26/04/2025 – 21h00min (Brasília)

Renda: R$ 656.240,00
Público: 12.943 pessoas presentes
Arbitragem: Bruno Arleu de Araujo (RJ). Auxiliares: Rodrigo Figueiredo Henrique Correa (RJ) e Thiago Henrique Neto Correa Farinha (RJ). Quarto Árbitro: Bruno Mota Correia. VAR: Marco Aurelio Augusto Fazekas Ferreira (MG).

Cartões Amarelos: Alexander Barboza 16’, Cuiabano 24’, Gregore 70’ (BOTAFOGO); Facundo Bernal 41’, Juan Freytes 55’, Ganso 59’, Jhon Arias 66’ (FLUMINENSE)

Gols: Vitinho 37’, Jefferson Savarino 90’+4’ (BOTAFOGO);

BOTAFOGO: 12-John; 2-Vitinho, 32-Jair, 20-Alexander Barboza e 66-Cuiabano (13-Alex Telles 58’); 26-Gregore, 17-Marlon Freitas© (25-Allan 85’), 10-Jefferson Savarino e 11-Matheus Martins (7-Arthur 58’); 99-Igor Jesus e 39-Gonzalo Mastriani (33-Elias Manoel 73’). Téc.: Renato Paiva. 4-2-2-2

FLUMINENSE: 1-Fábio; 2-Samuel Xavier, 4-Ignácio, 22-Juan Freytes e 6-Renê; 5-Facundo Bernal (16-Nonato 65’), 8-Martinelli (77-Paulo Baya 81’) e 10-Ganso© (45-Lima 65’); 21-Jhon Arias, 17-Agustín Canobbio (90-Kevin Serna 65’) e 14-Germán Cano (9-Everaldo 81’). Téc.: Renato Portaluppi. 4-3-3