Boas festas e um grande 2017 (por Paulo-Roberto Andel)

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Está encerrada a nossa quinta temporada neste blog, ainda que venham a pulular algumas colunas. Os cronistas nunca param por completo. Volta e meia chega uma mensagem: “Paulo, fiz uma coluna extra”. E quando isso acontece, a mesma sempre vai ao ar.

Desde já, agradeceço de coração a todos os nossos colaboradores regulares e pontuais, bem como aos que nos prestigiam nesta casa, que não é uma “campeã de audiência” (com todo o ridículo contido nesta expressão, ainda que já tenha sido visitada algumas milhões de vezes…); que não pretende forjar opiniões; que não topa tudo por láiques e/ou polêmicas ocas temperadas com prepotência pueril, mas simplesmente se propõe a ser a casa da literatura do Fluminense, formada por escritores, jornalistas, professores e gente com talento de sobra para escrever, sem aquela velha opinião formada sobre tudo.

Nem melhores, nem piores, mas diferentes paca. Gente que gosta de ler, de escrever, de livro, de conversa e que não precisa pisar em ninguém para mostrar seu valor. O talento e a trajetória falam por si.

Do humor à política, da crítica à nostalgia, da dramaturgia à poesia, do concreto ao etéreo. vale tudo. É o que temos feito por aqui.

Para nossa alegria e orgulho, somos um dos blogs de futebol com mais escritores publicados no Brasil – e se somarmos os que já passaram pela casa e os que voltarão futuramente, aí é covardia.

O Fluminense deixou a desejar no campo em 2016, mas todos esperamos que a gestão de Pedro Abad, iniciada ontem, seja marcada por êxitos e avanços na direção do clube num todo e especificamente no futebol – desde já, uma tarefa das mais árduas mas fundamental.

Como bem lembrou o novo presidente tricolor em seu discurso de posse realizado ontem, ninguém é maior do que o Tricolor (ainda que um ou outro lunático tente se colocar nessa comparação de grandeza). Chega de ódio, de divisionismo e de carpideiragem eleitoral. Somos todos tricolores.

Aqui, Abad e sua diretoria serão tratados com todo respeito, elogiados e criticados a cada situação pelo longo caminho dos próximos três anos. O PANORAMA não tem – e nem terá – a vocação da chapa branca e nem o da trincheira esquizofrênica; além do mais, a própria diversidade da nossa equipe permite o contraditório em versão infinita, sem edições e teatros.

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Aproveito para saudar os novos craques do elenco panorâmico para a nova temporada, alguns já com suas primeiras colunas publicadas neste ano: Leandro Capela, Daniele Brandão, Antonio Gonzalez e Raul Lagoeiro. E o auxílio luxuoso na volta de Walace Cestari e Luiz Alberto Couceiro. Ainda teremos mais. Ah, claro, um abraçaço à toda a turma remanescente, que topou renovar o contrato, no que sou gratíssimo. Vocês são a força!

E também a você, que embarcou nessa estrada das letras conosco, o nosso muitíssimo obrigado. Que todos tenham um excelente final de ano e que voltem em 2017 trilhando os melhores caminhos. Tomara que o mundo seja menos injusto e excludente.

Daqui a pouco a gente volta com as turbinas ligadas. E que o nosso Fluzão também decole com tudo.

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PS: também agradeço aos mais de cento e vinte tricolores que, a uma semana do Natal, num ano de crise, com a temporada de futebol tragicamente encerrada, se dispuseram a ir a um bar que não tem metrô perto – mas é maravilhoso – para prestigiar a minha literatura, por ocasião da segunda-feira passada.

Apesar da tiragem de “Onde você estava naquele gol de barriga?” ter sido modesta, nao esperava esgotá-la em duas horas – uma façanha em termos de um livro cercado por silêncio midiático, salvo raríssimas exceções. Em meu nome e do coautor André Viana,  toda a minha gratidão e respeito aos presentes, aos ausentes, todo mundo. E também de Eric Costa e Mauro Jácome, por conta do livro “O Fluminense na Estrada”. Pela primeira vez na história, um escritor lançou dois livros sobre o Flu num mesmo dia, fato que muito me orgulha. Um escritor de chinelos, aliás, que na verdade simbolizavam o que muita gente anda precisando pelas ruas do Brasil: as sandálias da humildade.

Para quem gosta da literatura fora do futebol, no começo de 2017 sai o meu primeiro livro de minicontos – ou de descrição natural -, chamado “Cenas do Centro do Rio”, a ser divulgado por aqui.

Grande beijo, gente. Até nossa volta. Porque nós somos um time chamado PANORAMA TRICOLOR.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel 

Imagem: rap/silvio almeidacaca

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