Benedito de Assis (por CH Barros)

É impossível não lembrar de Benedito de Assis da Silva quando falamos da história do nosso querido Fluminense Football Club. Neste doze de novembro, Assis – ou carrasco, como é carinhosamente chamado pela torcida tricolor – completaria sessenta e oito anos de vida. Durante sua longa e brilhante jornada como jogador, ele vestiu camisas de diversos times antes de chegar ao Tricolor das Laranjeiras, como as de Francana, São José-SP, Inter de Limeira, Francana (novamente), São Paulo, Internacional e Atlhetico Paranaense. Após sair do Laranjal em 1987, voltou ao Athletico Paranaense; depois, esteve no Pinheiros-PR, Paysandu, Paraná e, mais uma vez, retornou ao Furacão, encerrando a carreira em 1991.

Porém, foi mesmo no Flu onde ele se consagrou dentro dos gramados, sendo figura essencial para as conquistas dos Cariocas de 1983, 1984 e 1985 e também o Campeonato Brasileiro de 1984, atuando ao lado de craques como Washington – com quem formava o casal 20 –, Romerito, Tato, Leomir, Deley, Aldo, Branco, Ricardo Gomes, Duílio e Jandir.

Poucos honraram a centenária camisa do Flu como Assis. Responsável por marcar as memórias de milhões de torcedores, sejam crianças ou adultos, ele está condenado à perenidade desde que, por duas vezes, foi responsável por fazer a Gávea chorar pelo mesmo motivos por dois anos consecutivos – feito totalmente imbatível.

Primeiro, no início da noite daquele domingo de 11 de dezembro de 1983. O Maracanã já apagava as luzes e os torcedores já levavam consigo as bandeiras, quando, para surpresa geral, Deley resolveu fazer um lançamento que seria, então, lembrado por todos os amantes do futebol: o que levaria Assis a dominar a bola e manda-la para o fundos das redes, fazendo os tricolores delirarem. Gol! Gol! Gol de Assis! O Fluminense está vivo! – a vitória ainda não garantia o título: dependíamos do êxito rubro-negro na rodada seguinte para poder comemorar a conquista.

Segundo, quando Assis, não satisfeito, repetiu a dose no ano posterior, para a alegria da massa pó-de-arroz (como falava o mestre Nelson Rodrigues), contudo, dessa vez, de modo diferente: deu uma cabeçada triunfal que estourou a rede de Ubaldo Fillol. Mais uma vez, Benedito fazia o Mário Filho explodir em três cores. Mais uma vez, Benedito dava o mundo para a torcida tricolor – e isso com uma elegância inigualável, tal qual seu sorriso que tanto nos faz falta.

Não vi esse gênio jogar, pois nem sonhava em nascer. E, se eu me emociono ao ver seus lances que fazem a Gávea sangrar até hoje, imagino você, querido leitor, que, certamente, pôde vivenciar isso ao vivo e a cores. Mesmo assim, emociono-me apenas em o ver. Ao ver seus lances, seus gols, repletos de classe e beleza. Sua voz cadenciada. Sua simplicidade. Seu sorriso sincero e contagiante. Suas qualidades que são raras no ser humano presentemente.

Carrasco herói, sei que tu estás bem, na companhia dos ídolos que fizeram o Fluminense ser tão grandioso e admirável. Pena que os últimos gestores não cumpriram o maravilhoso legado deixado por você, Washington, Ézio, Waldo, Preguinho, Castilho, Flávio, Welfare, Pingo de Ouro e tantos outros nos campos.

Gratidão por tudo, ídolo. Sei que é pouco, muito pouco, mas é o que posso verdadeiramente lhe dizer, do fundo do meu apaixonado coração tricolor.

*#48 Assis – O Carrasco Tricolor*

CH Barros homenageia o grande ídolo tricolor: Assis.

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