Bahia 3 x 2 Fluminense: atuações (por Mauro Jácome)

O Fluminense tentou controlar o primeiro tempo com trocas de passes característicos do esquema de Fernando Diniz. No entanto, o Bahia fez uma marcação rápida em quem detinha a bola. Igor, Leo Artur e Daniel não conseguiram acionar Pedro, João Pedro e Yuri, exceto no lançamento para Yoni sofrer pênalti. No primeiro gol do Bahia, o Fluminense estava adiantado e ninguém acompanhou Gilberto e Artur, deixando o sistema defensivo escancarado. No segundo, Agenor fez o que não pode fazer: tentar um drible.

Com Ganso e Marcos Paulo nos lugares de Yuri e Leo Artur, o toque de bola melhorou. Quando o Fluminense rondava a área de Douglas, do outro lado, numa bola cruzada, Gilberto tocou com a mão na bola. O lance prosseguiu, mas o VAR acusou o pênalti. Agenor fez a defesa, mas, numa decisão inédita nos últimos anos, o árbitro mandou voltar e expulsou o goleiro. Com tudo adverso, o Fluminense ainda encontrou forças para buscar um melhor resultado. João Pedro aproveitou um rebote do goleiro e diminuiu. No entanto, o cansaço e a arbitragem extremamente rigorosa não permitiram uma blitz final.

AGENOR

Cometeu o erro mais óbvio nesse esquema do Fernando Diniz ao tentar driblar o adversário. Todos já entram preparados para pressionar o goleiro. Fez o certo na cobrança de pênalti, mas o árbitro…

GILBERTO

Teve a infelicidade de fazer o pênalti. Lutou muito para tentar reverter o resultado, mas abandonou por completo a posição e abriu espaços por onde o Bahia chegou com perigo.

MATHEUS FERRAZ

As dificuldades normais para um jogo atípico como o da Fonte Nova. No afã de buscar gols, a defesa ficou desguarnecida.

NINO

Alternou bons desarmes com desvantagens em bolas com velocidade. Deu sorte que o árbitro estava com a consciência pesada e não o expulsou num lance típico de amarelo (já tinha).

CAIO HENRIQUE

Não teve a boa atuação dos dois jogos anteriores. Foi até a intermediária do Bahia e não arriscou o fundo do campo ou a diagonal. Na defesa, foi envolvido diversas vezes.

YURI

Não manteve o nível de Allan e a transição caiu muito de qualidade.

MARCOS PAULO

Melhorou o volume de jogo do time em campo. O terceiro do Bahia e a expulsão de Agenor dificultaram a busca por um bom resultado. Em condições normais, teria contribuído mais.

LEO ARTUR

Mal tocou na bola. Pode ser opção para entrar quando o time está ganhando para segurar a bola, mas não funciona como organizador no campo de ataque. Não tem visão de jogo.

PH GANSO

Da mesma forma que Marcos Paulo, mudou a cara do meio-campo. Mesmo depois do terceiro, continuou coordenando a jogadas na intermediária do Bahia. Bateu bem a falta que originou o gol de João Pedro.

DANIEL

Cresceu no segundo tempo ao lado de Ganso, mas sumiu depois dos 30’.

YONI GONZÁLEZ

Lutou muito, mas esbarrou na falta de habilidade. Contribuiu com o pênalti sofrido.

PEDRO

Bateu bem o pênalti. Perdeu o equilíbrio com a arbitragem. Natural devido à idade, mas tem que se acostumar e tentar manter a calma.

RODOLFO

Não comprometeu.

JOÃO PEDRO

Na única oportunidade, fez o gol.

FERNANDO DINIZ

Errou na escalação inicial. Não pode mexer tão profundamente no setor mais importante do seu esquema: Allan e Ganso não podem ficar de fora ao mesmo tempo, exceto se não tiver outra alternativa. Consertou com a entrada de Marcos Paulo e Ganso, mas o terceiro do Bahia estragou seus planos. Daí em diante foi no coração.

Panorama Tricolor

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