Assim caminha o Fluminense… (por Manoel Stone)

É péssimo quando coisas ruins que estamos falando há muito tempo se realizam.

Todos os desmandos e erros colossais de gestão, seja no modo de seleção de jogadores, seja no modo de tratar com a torcida e os próprios jogadores (e nem irei detalhar esses fatos, pois são de conhecimento de todos que possam ter lido as publicações aqui do PANORAMA), dentre estes tenho escrito algumas vezes e falado nestes erros.

Vou me ater ao tema que tenho me dedicado nas últimas semanas. É claro que me refiro ao uso e à política de uso da base no nosso Fluminense.

Enquanto nosso time vai esmaecendo em campo por falta de peças competentes para substituir quem esteja sem condições de jogo, a política da direção do clube se mantém firme na diretiva de não usar a base, ou coisa pior que seria não usar algumas peças, o que a meu ver é danoso ao clube, pois deixa de usar jogadores que poderiam agregar tecnicamente ao grupo, e desvaloriza jovens que são ativos do clube e deveriam no mínimo ser tratados como isso, com valoração para vendas futuras.

Então seguimos nesse calvário de improvisações e escalação de jogadores de nível técnico no mínimo duvidoso, que não resolvem as necessidades do time. Isso se espelha no desempenho em campo, é óbvio.

Estou surpreso com a mudança de opinião da torcida em relação ao Diniz. Coisa de semanas atrás vi a torcida no Maracanã ovacionar o treinador, e agora fico vendo muitos e muitos que semanas atrás o pediam na Seleção e agora explodem no #fora diniz.

Não posso dizer que não avisei isso, escrevi muitas vezes que Diniz errava muito ao se curvar às decisões estapafúrdias do “Reizinho”, aceitar no elenco jogadores sem a menor condições de vestir nossa camisa, e o pior: usá-los. Falei que iria estourar nas suas mãos, e pelo visto ele já está escalado para ser o próximo “boi de piranha” a ser sacrificado para que as ações funestas da gestão passem límpidas e cristalinas, como se nada tivessem com esse saco de gatos que se tornou nosso clube.

Vai ser difícil destrinchar e colocar as coisas no rumo.

Diniz, avisei que você teria que ter “aquilo roxo”, impor suas vontades e nem se calar quando a escolha deste ou daquele jogador fosse atribuída a você; deveria escalar os melhores jogadores de todo o elenco, e não apenas do grupo que recebeu o OK deste ou daquele gestor do clube. Posso exemplificar: quanto tempo a torcida passou pedindo Alexsander até o dia em que este estreou, ainda assim improvisado, e funcionou? Não me venha dizer que você não sabia que ele tinha plenas condições de estar no time titular? E existe uma lista de outros garotos que deveriam estar jogando e estão no máximo algumas vezes no banco. E então, Diniz? Vai segurar essa? Tenho que dizer que por mim você fica, mas tem que bater na mesa, e parar de obedecer ordens sem sentido que prejudiquem seu trabalho.

Voltando ao meu tema preferido, tenho recebido informações que Wallace está indo muito bem no clube onde “paga pena”, e assim como ele muitos outros. A pior coisa que ouvi é que estão colocando Edinho como disponível para negócios, ou seja, está mesmo fora dos planos do Fluminense, assim como JK, que está à venda para fora do país, mas está sendo muito mal cuidado, pois me parece estar bem acima do peso.

Estou esperando a decisão final sobre Luan Freitas, pois mesmo nessa penúria que estamos por zagueiros, a gestão está tratando de emprestar o mesmo para o Londrina. E dá para se dormir com um barulho desses? Teve a oportunidade de usá-lo e quem entrou foi um outro garoto. O que terá feito Luan para ficar no “castigo”?

Quanto ao “pacotão” que está vindo, vou me abster de falar sobre isso nesta semana, quero ver o que farão em campo. Só me causa estranheza é ver chegar ao Fluminense um atacante que, nos últimos quatro anos, fez exatamente quatro gols, o que dá um média de um gol por ano. Logo, o que esperar dele? Que critério foi usado para se definir esta contratação?

Assim caminha o Fluminense…