“Ão, ão, ão: na cabeça do negão” (por Marcus Vinicius Caldeira)

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Washington Cesar Santos.

Ou Washington do Casal 20. Ou o Negão. Ou simplesmente Washington.

Infelizmente, ontem morreu em Curitiba o ídolo da torcida tricolor, Washington. Aquele que fazia dupla com Assis no Casal 20 e que participou de um dos elencos dos mais vitoriosos do Fluminense. Foi tricampeão carioca e campeão brasileiro pelo Tricolor das Laranjeiras, além de conquistar alguns títulos internacionais.

Legítimo camisa nove, além de ser alto, o que lhe possibilitava muitos gols de cabeça tinha velocidade graças às suas passadas largas, o que fazia ter grande mobilidade e lhe possibilitou fazer golaços por onde passou.

Nasceu em Valença – sul da Bahia – e começou sua carreira no Galícia da Bahia. Fez dupla com Assis no Atlético Paranaense onde foi campeão paranaense e, após um excelente campeonato brasileiro, transferiu-se junto com o Carrasco para o Fluminense onde jogou até 1989. E foi nas Laranjeiras onde ele fez história e virou ídolo de uma torcida gigantesca e fanática.

Logo que chegou em 1983, já foi campeão carioca e repetiu o feito em 1984 e 1985. Em 1984 foi campeão brasileiro. Em nenhum deles fez gol de títulos, mas em todos eles balançou as redes em jogos importantes.

Lembro-me muito bem do balão e da arrancada para o gol do Tato, segundo gol do Fluminense na vitória de dois a zero sobre o Corinthians lá em São Paulo e que colocou o time na final do Brasileiro de 1984 que viria a conquistar diante do Vasco. E o golaço de meia bicicleta contra o Flamengo no estadual de 1986.

Mas, a jogada mais marcante para mim foi o golaço contra o Vasco no estadual de 1987. Eu estava no Maracanã. O negão arrancou, deixou um zagueiro caído, driblou duas vezes o goleiro adversário e marcou. Enquanto driblava o goleiro eu gritava: “Chuta, negão!” – ele só chutou depois dos dribles. Fantástico!

Outra coisa marcante em relação ao Washington era a torcida gritando “Ão, ão, ão, na cabeça do negão!” sempre que tinha um escanteio a favor do Fluminense.

Memórias de pré-adolescente feliz com um time que só nos dava alegria. Washington foi o nono maior artilheiro do clube, com 120 gols, e jogou mais de 300 partidas. Pela seleção brasileira fez 4 gols e foi campeão panamericano em 1987.

Washington foi ídolo de toda uma geração de tricolores e fez muita gente se tornar tricolor. Infelizmente no fim de sua vida sofreu com uma doença degenerativa que ontem o tirou do nosso convívio. Uma pena. Certas pessoas não deveriam morrer. Washington é uma delas.

Todas as loas serão poucas pelo que ele fez pela gente.

Descanse em paz.

Obrigado por tudo, Negão!

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Pela primeira vez sob o comando do Cristovão, o Fluminense não jogou bem. Com os desfalques de Fred, Bruno e Elivelton e poupando Sóbis e Diguinho, o time não teve o domínio do jogo e foi pressionado durante todo o segundo tempo. De sorte que logo no início do jogo fez o seu gol da vitória e conseguiu sustentar o resultado, lembrando o time do Abel campeão brasileiro de 2012.

Mas futebol é assim. Contra o Vitória o time jogou muito bem e perdeu injustamente. Sábado, jogamos mal e ganhamos.

Que venha o Atlético Mineiro.

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O Cruzeiro é o time a ser batido.

Mas, com as vindas de Welligton Nem e Cícero e os zagueiros Henrique e Fabrício – que já chegaram -, acredito que seremos o time que disputará o titulo com eles. Torço inclusive que eles percam peças durante a Copa e na janela de transferência para o exterior.

Continuemos com o apoio incondicional ao time.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @mvinicaldeira

Imagem: globo