Amazônia e o mito no mundo surreal da Covid19 (por Márcio Machado)

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Com o futebol voltando, a gente volta junto. Temos um pouco pra analisar nesse reencontro.

A diretoria do Fluminense foi bem na medida do possível. Concluiu a chegada do Fred, que já era esperada e deu um banho de marketing no que já era óbvio. Conjugado ao momento, virou notícia no mundo todo, positivamente.

A diretoria foi bem no lançamento dos novos uniformes e nas vendas de ingressos virtuais para reprises de jogos de títulos em TV aberta. A torcida participou onde pode e talvez pudesse ter sido melhor motivada, passando de imbatível no globoesporte.com a imbatível em tudo.

Agora, claro que dinheiro não nasce em árvore e os salários estão atrasados. Nesse momento dos portões fechados, relativamente a quem lucra com bilheteria, o Fluminense perde menos com isso, mas vamos colocar algo importante aqui.

O Estadual não interessa muito financeiramente aos quatro grandes no momento. Eles já receberam basicamente tudo antes; querem mais é de se livrar dele e ir pro Brasileiro, onde se tem muito a receber ainda. Já os pequenos precisam fechar o ano.

Agora, não é por isso que se vai fazer a coisa forçando a barra e atropelando as discordâncias. A Federação está sendo suicida ao ir a reboque do Flamengo, que não esconde de ninguém que não precisa da sua competição e de suas receitas. Se abraçar a ele é tomar a facada lá na frente e morrer, o que por mim seria até melhor.

O Vasco corre desesperadamente atrás do Flamengo como cachorrinho dele, o que é uma vergonha pra sua instituição, mas o presidente biônico deles não surpreende: sua capacidade de tomar decisões erradas e colocar o clube mal é notória.

Mas ao Flamengo reservamos o pódio das forças da pressa exclusivamente política, com seguidas viagens do presidente deles pra Brasília, eventualmente levando o poodle português de nome Campelo. O rubro-negro Landim diz que é diálogo entre duas grandes nações (mania de grandeza típica deles) e agora vai pagar com a volta do futebol com exclusividade pro Mito”. O humilde torcedor que se vire com o rádio…

Não me venham com razões econômicas pra esse jogo pelo qual não vão receber nada (aparentemente). O custo teria sido a MP casuística ou o Maracanã pra eles mais à frente. Para patrocinadores associarem a marca ao presidente com 50% de impopularidade e odiado mundo afora não é bom, especialmente pra essa multinacional que está negociando com eles. Se bobear, campanha de boicote no Brasil é pouco: algo no estilo #amazonsupportsbolsonaro viralizando mundialmente joga as três marcas envolvidas na crise.

A segurança sempre tem que vir na frente, os casos estão começando a cair. Daria pra todo comecar agora junto, mas no mundo surreal do Brasil, ganho político e força econômica são mais importantes que a civilização.

Que nos defendamos como possível. ST.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

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