Amargas constatações sobre o Flu (por Paulo Rocha)

Foi uma derrota dura de engolir. Perder para o Flamengo, nosso grande rival, deixa sempre um gosto amargo na boca. Ainda mais da maneira que foi. O sono custou a vir e somente o abraço carinhoso do meu filho me fez voltar à realidade e entender que nossa caminhada se faz de êxitos e percalços. E que o Fluminense, ganhe ou perca, é a nossa paixão.

Certa vez, ainda moleque, ao sair com meu pai do Maracanã após um revés tricolor, escutei dele uma frase que trago comigo até hoje. “Filho, são as derrotas que constroem a grandeza das vitórias”. Jamais esqueci essas palavras e as trago comigo até hoje – como também trago meu pai no coração.

Pudemos notar desde o início do Fla-Flu que a noite não seria boa. O Fluminense jogou mal, permitiu que o adversário tomasse o protagonismo e se impusesse, sobretudo, com determinação. Nossa equipe esteve apática. E, lambanças de arbitragem à parte, não merecia mesmo sair vencedor.

Serve como aprendizado. Sigamos em frente. O trabalho de Fernando Diniz é promissor, mas o que vimos na noite de quarta-feira no Maracanã não parecia aquele time no qual apostamos nossas fichas. Não sei o que houve. É difícil admitir, mas o Flamengo mereceu vencer dada a sua postura desde o apito inicial.

Agora, o que mais me causou espanto foi saber que, mesmo com a derrota, ainda temos chance de voltar à disputa pelo título estadual. Basta o Vasco não vencer a Taça Rio e, pronto, estaremos de volta ao páreo. Regulamento doido que pode acarretar num desfecho inesperado. Vamos aguardar para ver.

Encerro a coluna constatando que Digão e Pedro fazem muita falta ao nosso time. O primeiro por sua experiência (Léo Santos é estabanado e o pênalti que cometeu, nos acréscimos, prova isso); o segundo, por seu talento e faro de gol – afinal, o time tem horas que parece arame liso, cerca mas não machuca. Falta o matador. Que ambos possam voltar o quanto antes.

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