Ainda sobre Cano (por Heitor Teixeira)

Cano, ainda não ídolo, mas definitivamente um candidato.

Desde a primeira saída de Fred, em 2016, o Fluminense sente um vazio de jogadores que verdadeiramente nos tragam orgulho vestindo a armadura tricolor.

Isso não tira o mérito de atletas com grande identificação e que honraram com sangue, em alguns casos até literalmente, a nossa armadura como Gum, Marcos Jr, Gustavo Scarpa – antes da saída – e até Henrique Dourado.

Também não estou desvalorizando os méritos de tantas jovens promessas, que tiveram suas histórias no Flu cortadas no começo, caso de João Pedro, Evanilson, Caio Henrique, Richarlison, Luiz Henrique e tantos outros.

Mas há muito não podíamos dizer: um dos melhores atacantes do futebol brasileiro é nosso e vai seguir nos encantando de tão perto.

Não sou iludido a ponto de dizer que isso foi um grande plano do Clube. Cano tem idade avançada e entendo que esse é o principal fator para sua permanência. Porém, nem sempre a história se escreve pelas linhas mais corretas e German é a prova disso.

A “candidatura” de Cano ao posto de ídolo não vem só do orgulho e também da grande identificação do atacante com o Clube e sua torcida. Um jogador tão carismático que fez até o extremista Felipe Melo dizer: “Ele me faz fazer o L!”.

Brincadeiras à parte, não é todo jogador que passa mais de um ano no Clube e cria tamanha identificação. A tal candidatura, no entanto, ainda não tem sua cereja do bolo.

Cano tem quase tudo: artilheiro, decisivo, cativa a criançada, um grande carisma e um título Carioca em cima do rival. Só falta um título de expressão; esse ano disputaremos três.

É claro que, infelizmente, nada se ganha sozinho no futebol, mas que o caminho iluminado de German Ezequiel Cano Recalde continue, para que possamos chamá-lo como ele praticamente já merece: ídolo.