Acreditemos cada vez mais no Flu (por Paulo Rocha)

 

A vitória sobre o Avaí foi sofrida como tantas outras que nós, tricolores, já presenciamos. Contudo, após nos retorcermos na arquibancada do Maracanã, com direito a pedidos a Deus para que o jogo acabasse logo, voltamos para casa felizes. Ou melhor, aliviados, uma vez que o alívio é uma sensação com prazo de validade. E nossa tarefa apenas começou.

Eis que nesta quarta-feira teremos um desafio muito, mas muito maior. O São Paulo também precisa pontuar, está logo abaixo de nós na tabela. E possui jogadores infinitamente melhores que o Avaí. Em se tratando de um clássico nacional, qualquer resultado que não seja derrota tem seu valor. Mesmo que estejamos jogando em casa.

Vencer, porém, nos daria uma confiança enorme. De agora em diante, todos os jogos que teremos pela frente são decisões. A cada triunfo a confiança aumenta e precisamos, acima de tudo, estar confiantes. É jogo duro, mas podemos vencer.

Uma coisa é muito importante: nossa galera precisa comparecer. O ingresso é barato, a diretoria fez promoção. A torcida são-paulina virá em bom número apoiar a sua equipe. Não podemos correr o risco de, dentro de casa, perdermos no grito da arquibancada.

O gol de Henrique Dourado sobre o Avaí é a grande prova que a sorte está virando para o nosso lado. Foi um daqueles chamados “gols espíritas”, conforme dizia o jargão da velha imprensa esportiva. E esse tipo de gol só acontece a favor de time que está bafejado com bons fluidos. Assim como foi o gol contra do Pará no Fla-Flu.

Uma coisa é certa: para derrotarmos o São Paulo, teremos que dar 200% a mais. Lutar do primeiro ao último minuto. Wendel (acertadamente reincorporado ao time titular por Abel, que sabe tudo) recebeu o terceiro cartão amarelo e não joga. Mas Douglas volta, assim como Lucas. Wellington Silva deverá estar à disposição e é outro bom reforço, nem que seja para o banco. Temos bons motivos para acreditar num bom resultado.

Para terminar: nosso artilheiro está jogando muito. Chega a dar agonia vê-lo fazendo o pivô e trocando porradas com os zagueiros. Mas ele domina a bola, gira, protege. Dourado, você é o cara. Após o jogo de domingo, meu filho de oito anos voltou para casa segurando o copo que homenageia o Ceifador como se fosse um troféu conquistado naquela tarde. E, na verdade, foi. Pois não existe prazer maior que dividir com nosso filho a alegria de presenciar uma vitória do time que nós tanto amamos.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: paro