Abel e o futuro imediato do Flu (por TTP)

Abel entregou o cargo de treinador do Fluminense. Há quem diga que de um cargo que nunca foi totalmente dele. Havia sérias desconfianças de interferência nas escalações, isso é verdade. Mas muito do que ocorria, vinha também de escolhas do Abel.

Houve emoção, olhos marejados, mensagens de agradecimento por parte dos jogadores. Tudo muito emocionante, mas nada que apagasse a falta de comprometimento dos atletas.

Não dá para colocar a culpa da má fase do clube em todas as competições apenas em supostas interferências da gestão ou nas doideiras de Abel.

Há de se cobrar também dos jogadores.

Não é aceitável de que vista a camisa de um dos times mais tradicionais do mundo não conseguir acertar um passe de dois metros. Ou que um lateral possa ficar cerca de dez jogos sem acertar um cruzamento.

Mas todo esse papo ficou para trás, porque afinal, quando o novo treinador chegar, estes mesmos jogadores que prometeram jogar pelo ex-treinador, terão a oportunidade de provar se podem jogar ao menos pelo clube.

Mas como isso vai acontecer? Vão acabar as supostas interferências nas escalações? Os jogadores vão poder escolher onde jogam, para que não haja desculpa de que foram escalados erradamente? Pois se tudo isso acontecer, para que afinal serve o treinador? Se o jogador não se sente confortável em jogar onde o treinador indica, porque o técnico da equipe vai se sentir confortável em escalar esse mesmo jogador?

A conclusão a que chegamos é que o futebol é secundário no meio.

E quem será o novo treinador? Ao menos para o próximo jogo diante do Coritiba, Marcão é a opção mais concreta.

Cuca, diz parte da imprensa, teria dito não ao Fluminense.

Outros técnicos já teriam sido sondados pela diretoria. Fernando Diniz, Renato, Enderson Moreira, e até Valentim, o galã.

Sinceramente, não tenho nenhum nome de preferência, ao menos neste grupo. Eu gostaria de ver no Fluminense, Fábio Carille ou Juan Pablo Vojvoda.

Gosto pessoal que não rege (ou ao menos não deveria reger) a escolha do novo comandante do Fluzão.

É por gosto pessoal que também sou contrário à vinda de Renato. Direito meu que não desautoriza o seu direito de ser a favor de sua vinda.

Com a palavra, o próprio Fluminense, pois parte da escolha deste nome a declaração de quais são os interesses futuros do Tricolor, ao menos no quesito futebol.

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Rapidinhas:

Enquanto eu escrevia essa coluna, parece que o nome será Fernando Diniz.

Seguem os ataques racistas contra brasileiros nas competições sul-americanas. Uma vergonha em pleno Século XXI. É isso.