Abel, o novo xodó tricolor (por Paulo Rocha)

Em muitos clubes, em especial no Fluminense, já ocorreu nas mais diversas ocasiões o fato de um jogador chegar sem muita badalação e conquistar a confiança – e o coração – da torcida. Muitas vezes foi assim. Agora, com Abel Hernández, a coisa parece se repetir para a galera tricolor.

Os gols que tem marcado, as boas atuações têm colocado o uruguaio neste patamar. Chegou de última hora, trazido do Internacional, e foi logo mostrando serviço. E olha que nem titular é, mas suplente do ídolo Fred, que pela idade avançada deve ser poupado quando possível.

Abel está se mostrando adaptado ao Fluminense, ao Rio de Janeiro e ao tipo de jogo implantado por Roger Machado. Sua presença tornou o ataque tricolor mais efetivo e menos previsível; afinal, não é apenas um centroavante grandalhão, sabe trabalhar a bola, dar passes e se posiciona bem.

Longe de mim achar que trata-se de um craque. Não, não é. Mas agrega muito ao elenco. Neste ano de tantas competições paralelas, nos dá tranquilidade de saber que o comando de ataque não ficará desguarnecido.

Nas vezes em que é escalado de início, Abel Hernández cumpre seu papel com empenho. Já quando Fred está cansado e o uruguaio surge à beira de campo com seus “dreadlocks”, sabemos que pode acontecer coisa boa. Gols, presença de área… Foi um achado da diretoria que deu certo. Que tratem de renovar logo o seu contrato.