A sete dias da glória eterna (por Claudia Mendes)

Sergio Cosme foi zagueiro campeão pelo Fluminense. Treinou o clube três vezes, foi vice-campeão da Copa do Brasil em 1992 e nos levou a uma das maiores vitórias sobre o Vasco na história, em 1989. Hoje ele precisa da sua força. Colabore pelo Pix CPF 07205091730 (Sérgio Leandro, filho dele). Para qualquer dúvida, WhatsApp (21) 96451-0967. Sua participação é muito importante.

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O tempo é uma coisa muito esquisita. Quando se quer que ele passe rápido, passa vagarosamente. Quando é o contrário, ele corre, os ponteiros aceleram num piscar de olhos. Tricolores, estamos ansiosos… num sentimento coletivo de expectativa e tensão. Nossos ponteiros parecem presos, o tempo não passa. Até o próximo sábado será uma sensação de eternidade incontrolável.

As últimas atuações do Fluminense, confesso, me tiraram um pouco do otimismo. Só que ainda acredito muito, apesar da teimosia e da birra do nosso treinador, que por vezes parece aquela criança mimada que irrita profundamente quem está em volta. Isso pode nos custar caro. Não é pensamento negativo, é fato. Tomara que eu esteja enganada e que seja da maneira que todo tricolor precisa acreditar.

Há tempos defendo o Diniz. Aliás, o defendo desde quando muito poucos acreditavam em seu trabalho. A maneira como chama a responsabilidade do grupo no vestiário, falando individualmente com cada atleta, isso ganha jogo, já ganhamos alguns assim. Só que o time já não tem o mesmo padrão do início do ano, muito por causa da sua teimosia.

O tempo, parafraseando Caetano Veloso, é o senhor do destino. Acho que ele não seria nosso inimigo faltando apenas noventa minutos para o final do nosso sonho mais real. Mesmo contra um adversário copeiro, cascudo, acostumado com desafios e vencedor de Libertadores. Mas é bom lembrar também, que esse Boca Juniors é muito inferior ao das últimas décadas.

Não vai ser fácil. Nada fácil. Não custa nada sonhar um sonho tão possível, apesar das dificuldades atuais. Temos jogadores decisivos, brilhantes. É só não inventar. Quer saber? Dane-se o tempo, esse contado no relógio. Que me perdoem os deuses que cuidam de acelerar ou frear os destinos da vida.

O destino agora nos aponta local, dia e hora. Maracanã, 4 de novembro, 17 horas. O objetivo comum é a Glória Eterna. O tempo? Não pode parar agora, justamente agora. Porque merecemos, acreditamos e sempre sonhamos. Por tudo isso e tudo mais… Seremos!