A saga de Juiz de Fora (por Marcus Vinicius Caldeira)

CALDEIRA

É campeão! É campeão! É campeão!

Amigos, nada é mais importante para um torcedor apaixonado pelo seu clube do que um título. Não tem essa de Barão de Coubertin de “o importante é competir”. O importante é vencer, desde que sempre pelos meios legais. E nesta quarta, após três anos da conquista do tetra brasileiro, conquistamos um título novamente, e nacional.

E eu estava lá. Desta vez fui com minha amada esposa, mulher da minha vida há 22 anos (mesmo que não estivéssemos juntos em boa parte desse tempo), tão tricolor quanto eu.

Saímos do Rio por volta das 16:30h e, logo de cara, já sentimos a saga que ia ser. Puta trânsito na Linha Vermelha e tráfego intenso na subida da serra de Petrópolis. Ainda paramos para comer no Queijão da serra, o que atrasou um pouco. Coitada da minha esposa, que aturou a minha preocupação excessiva e apelos para acelerar (mil risos).

Pela estrada, vários carros tricolores. A cada pedágio uma festa (foram três). Buzinaços, hino tocando nas alturas e muito cântico ao Flu em cada parada.

Temos que agradecer ao Waze, que nos tirou da entrada principal de Juiz de Fora (tudo parado) e nos jogou para uma rota alternativa, nos deixando ao lado do estádio. Mas, como nem tudo são flores, para chegar ao estádio, tivemos que descer uma pista de terra, no meio do mato, da escuridão e sem carro, pois o trânsito estava bloqueado. Descemos com um grupo de tricolores. Deu tudo certo.

Ao chegar no estádio, a primeira patacoada da PM e do pessoal do estádio. Colocaram barreiras que formavam fila  única de acesso ao estádio. Uma aberração. Conclusão: milhares de tricolores entraram no estádio com o jogo começado. Até o fim do primeiro tempo tinha gente entrando. Inacreditável.

Lá dentro, encontro com amigos queridos na torcida pelo Flu: Mauricio Lima, Bruno Vargas Costa, Roca, Danilo Felix, Fábio Dib, Arthur Barroso Fortes… Uma dádiva.

Sobre o jogo em si, um resumo: o Fluminense não merecia sair do estádio com outro resultado que não a vitória. O resto todo mundo já sabe.

Aliás, quando o Marco jr errou um passe após deixadinha de Magno Alves, eu profetizei: ele vai fazer o gol do título. E fez.

A comemoração do gol foi um estado de euforia, e a do título, ao triplo. Eu e minha esposa, pela primeira vez, comemoramos um título do Flu nestas idas e vindas. Primeiro título do nosso filhão, Paulo Victor. É muito bom ser campeão.

Ao final, a segunda patacoada da PM mineira. Ao tentar conter torcedores que tentavam invadir o campo (para que isso, também?) a repressão foi desproporcional. Mandaram gás de pimenta para dentro da arquibancada a torto e a direito. E essa porra é foda. Todo mundo teve que sair da arquibancada e subir, pois estava insuportável. Acabou que não vimos o levantamento da taça e não teve volta olímpica. Uma pena!

Nada que tenha atrapalhado a festa. Mortos, encontramos forças para sair gritando e cantando até chegar ao carro, tendo que subir a pé aquela estradinha escura, no meio do mato e sem iluminação. Tudo vale a pena para ver o Tricolor campeão.

Na estrada de volta, outro encontro com amigos tricolores queridos: Beto Meyer, Gustavo Valladares, Rods, Renato Hahn, João Leonardo Medeiros, Nelson D´Elia. Tudo de bom.

Título justo e merecido. É bom ver a molecada de Xerém sendo protagonista de uma conquista tão importante.

Que se faça justiça e todos, absolutamente todos. Reconheçamos a fundamental importância do presidente Peter Siemsen na conquista desse título.

Ainda vou comemorar muito a conquista desse título. Muito!

A Taça da Primeira Liga repousa alegre, suave e tranqüila em Álvaro Chaves.

Amém.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @mvinicaldeira

Imagem: MVC / PRA