A quinze minutos do nada (por Zeh Augusto Catalano)

15 minutos
Sábio aquele que disse que o jogo só acaba quando termina.Ah, o futebol e suas surpresas. Umas agradáveis, outras pavorosas…Na Taça Guanabara, o Vasco ficou a 10, 15 minutos de ser campeão. Teve uma atuação horrorosa, mas segurava o Botafogo até o lance (em impedimento, o que ninguém diz) do gol. E eis que, daí pra frente, tudo saiu de órbita, o time perdeu as 155 partidas seguintes, crise etc.

O Flu não esteve sequer perto de ganhar do Botafogo no domingo. No começo do jogo, aceitou a provocação e a pancadaria propostas pelo time de Oswaldo de Oliveira e saiu ainda mais das quatro linhas. Pareceu, como foi dito aqui por colegas tricolores, desinteressado, meio de freio de mão puxado.

Como esse time vai pisar São Januário logo mais?

Terá a calma para furar a retranca que provavelmente vai ter de encarar?

E a torcida? Também vai ter a calma necessária?

O risco da partida aumentou, embora a situação não seja das mais complicadas…

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Acabou semana passada o grande time do Barcelona. A globo, politicamente incorreta que só, ignorou a outra semifinal, entre Real Madrid e Borussia Dortmund, e só transmitiu Barcelona e Bayern, alardeando Messi e companhia. Só que, para surpresa da tv e seus gênios propagandistas, esqueceram de combinar com os alemães. Sete a zero nas duas partidas. Duas tundas.

Sobre os jogos, o Bayern mostrou como imobilizar o tico-tico-no-fubá do Barcelona. Dois, três homens em cima da bola o tempo todo impedindo os cérebros da equipe de respirar. Com isso, vai-se embora a qualidade, o tempo e os espaços não surgem. Pior, quando o barco fez água, não haviam peças de reposição para uma mudança de esquema. Não há mudança de esquema. Soberba ou não, é um time acostumado a entrar em campo e impor aquilo que quer fazer. Quando essa fórmula falha, não há plano b. O elenco não tem um único centroavante para ser colocado no meio da zaga adversária. Um poste qualquer. Com isso, o Bayern não tinha de se preocupar com algum oponente enfiado em sua zaga. Formou duas linhas compactas e impediu as tabelinhas dos nanicos espanhóis. as tabelas, quando passavam pela 1a linha de marcação, colidiam com a zaga. A única alternativa era os cruzamentos de Dani Alves pela direita. Pra ninguém. Os baixinhos Villa e Sanchez  desapareciam atrás dos enormes beques alemães. Improdutivo.

Vamos ver quem o Barcelona vai comprar no mercado para mudar esse quadro. Este time monotemático acabou.

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Rogério Ceni teve seu momento patético neste fim de semana, em que a primadona foi devidamente anarquizado pela ridícula saída de gol no penalti de Pato. O pior não é a saída, mas a cara de pau de reclamar da atitude do juiz. Saber perder é parte do esporte.

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Quer dizer que o Botafogo está com meses de salário atrasado, é? Ahn……..

Zeh Augusto Catalano

Panorama Tricolor

@PanoramaTri