A noite alucinante (por Paulo Rocha)

paulo rocha green

A derrota anunciada para o Palmeiras (alguém poderia apostar em outro resultado neste jogo de falso mandante?) não foi tão desastrosa para o Fluminense quando falamos da tabela do Brasileirão, na qual seguimos ali, na “meiùca”.  Ao contrário, a meu ver, pode ser o sinal de alerta para que o time entre mais, digamos, ligado no duelo com o Corinthians, nesta quarta-feira, pela Copa do Brasil.

Teremos a nosso favor o caldeirão de Edson Passos. Ah, como é bom jogar em casa, com nossa torcida vaiando e xingando os adversários a cada toque deles na bola. É uma arma poderosa, devemos usá-la com sabedoria, disputando cada jogada como se fosse um prato de comida, cada bola como se fosse a última, sem perturbar-se com a ousadia do adversário, que é um time valente, afinal, mostrando quem é que manda nessa porra.

Pois é um Fluminense com esse espírito de coração na ponta da chuteira que os torcedores esperam ver em campo nesta partida. É preciso fazer uma boa vantagem, pois no jogo de volta, na arena dos caras, não teremos moleza. Já vencemos o Corinthians este ano jogando em campo neutro, temos que fazê-lo agora em nossos domínios e mandar a pressão para o lado de lá.

Tenho uma preocupação em especial: a torcida corintiana deve comparecer em razoável número, como sempre faz, e o espaço destinado a ela será pequeno – os tricolores certamente lotarão as áreas que lhes são destinadas, A Polícia Militar terá trabalho, sem dúvida, ainda mais porque o local é ermo e sua localização facilita a chegada de ônibus de São Paulo.

Teremos ingredientes de sobra para tornar a noite desta quarta-feira numa noite alucinante. O ambiente está sendo preparado com requinte, com direito a “ruas de foto” e nuvem de pó de arroz. Que tudo corra bem e que o Fluminense brilhe mais uma vez.

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Não sei no lugar de quem, mas Levir Culpi vai ter que arrumar um lugar para Marquinho no time do Fluminense. A discussão entre ele e Wellington Silva, restrita às quatro linhas, mostrou que está de volta um guerreiro que não aceta ver sua equipe sendo dominada pelo adversário (ainda que esse adversário seja o líder do Brasileiro) sem mostrar poder de reação. Ele não só melhorou o passe como colocou o time mais à frente, mesmo atuando como segundo volante. Mas quem sairá para sua entrada no time, aí já é com Levir.

Panorama Tricolor

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Imagem: rocpa