A glória eterna do Fluminense (por Paulo Rocha)

Passados alguns dias desde a conquista da América, parece até que a ficha ainda não caiu. Nós, tricolores, seguimos em êxtase, como se estivéssemos num sonho bom, com receio de que alguém venha nos acordar. Mas não; é real. O Fluminense é campeão da Libertadores. Está gravado na taça, na história e em nossos corações. Estamos no céu. Nada será como antes.

Uma conquista que jamais será esquecida. A maior de um time carioca no Maracanã, diante de sua torcida. Contra um rival perfeito: prepotente, arrogante e asqueroso, como só os argentinos são capazes de ser. Um adversário que cagou goma antes do tempo e nos deu a certeza de que nada seria capaz de impedir nosso triunfo.

Embora meu pai e um de meus irmãos, tricolores de corpo e alma, não estejam mais nesta esfera existencial, fui premiado com a oportunidade de partilhar com meu filho essa vitória inesquecível. Ele é tricolor por minha causa, assim como sou por causa do meu pai. Que santa alegria poder perpetuar esse sentimento, partilhar essa entre múltiplas afinidades. O Fluminense é parte de nossas vidas.

Um aspecto muito importante desse título é que ele foi conquistado mesmo sem o clube desfrutar da privilegiada situação econômica de alguns rivais a nível nacional. Por isso o futebol é fascinante, desperta tantas paixões. É o único esporte no qual o imponderável pode prevalecer.
Quando dispôs de uma patrocinadora cheia da grana, o Fluminense até chegou perto, mas não conseguiu a conquista tão sonhada. Havia craques em 2008, mas talvez faltasse alma – coisa que a equipe de Fernando Diniz mostrou ter.

Portanto, obrigado Fábio, Samuca, Nino, Felipe Melo, Marcelo, André, Ganso, Arias, Keno, Germán Cano, John Kennedy, Martinelli, Alexsandro, Martinelli, Guga, Marlon, Diogo Barbosa, Lima, Yony, David Braz, Thiago Santos, Lelê, aos Moleques de Xerém, à comissão técnica, ao presidente e, em especial, a Diniz. Muito obrigado por essa alegria tão imensa. Jamais os esqueceremos.