A estrela de Xerém (por Paulo Rocha)

Desde que perdeu o patrocínio que proporcionou formar grandes equipes e conquistar títulos nacionais, o Fluminense tem buscado em Xerém a sua salvação. Valores foram revelados, muitos deles vendidos – alguns vieram até a parar posteriormente num arquirrival, notório olho grande – para que o clube pudesse fazer dinheiro após administrações catastróficas.

Vivemos tempos difíceis com o time de cima, mas conquistas na base não faltaram. Elas alegraram o coração carente de nossa torcida, como o título brasileiro sub-17 conquistado esta semana. Contudo, no profissional, os frutos em forma de troféus ainda não vieram como gostaríamos.

Há tempo ainda de mudar este quadro. Fazer com que os meninos se tornem homens capazes de escrever seus nomes em nossa gloriosa história. Xerém já possui uma metodologia própria, admirada por todos. Mas precisa saber lidar melhor com a ganância dos empresários.

Quando vemos clubes como o Santos, no qual observamos uma transição feita com eficiência, temos cada vez mais certeza de que o caminho é lançar a garotada no time principal. Só saberemos se estão aptos, prontos, se o fizermos.

Um ou outro veterano na equipe profissional, tudo bem. Mas cercados de jovens que foram ensinados o que representa vestir e honrar a nossa camisa. Cientes de que o Fluminense é um clube enorme, vencedor. Não o coadjuvante o qual os babacas teimam em nos rotular.

Portanto, Xerém é o norte do Fluminense. O único caminho da nossa redenção. Que Deus abençoe aos moleques e aos profissionais que deles cuidam. É vendo o prazer que sentem de vestir nossa camisa que nos tornamos cada vez mais tricolores. Feliz Natal a eles e a todos nós.