A ebulição do Fluminense (por Mauro Jácome)

escudão do flu

Depois de um pequeno recesso, estou de volta. E, nessas duas últimas semanas, as Laranjeiras estavam em ebulição: 113 anos, Ronaldinho Gaúcho, Osvaldo, Wellington Paulista, Vasco, Vasco, Vasco e, agora, Cícero.

Parabéns por mais um ano. 113 anos não é para qualquer um. Ainda mais, depois do que o clube passou na segunda metade dos anos 90. Terra arrasada. Preocupação com o futuro. Sobreviveria? Sobreviveu. E está aí. Mesmo perseguido por erros que não cometeu, o clube vai tentando se recuperar dos males a que foi submetido nos últimos anos. Tenho esperanças de que a sua torcida seja recompensada pelo grande esforço de se manter fiel, até nos piores momentos. Mas o Fluminense não foi só isso. Para o resto, que é infinitamente maior, repito Nelson Rodrigues: “Não se dá um passo em Álvaro Chaves sem tropeçar numa glória”.

Já reclamei da contratação do Wellington Paulista, mas está lá, faz parte do elenco, então, tomara que consiga substituir o Fred, quando necessário, e marcar gols. Daqui a pouco volta o Michael e ainda tem o Magno Alves. O que a torcida deseja mesmo é vida longa ao Fred, pois é o artilheiro que faz a diferença.

Certo dilema por que passa o Enderson Moreira é a escolha do companheiro de Fred: Marcos Junior, Magno Alves, Osvaldo. Mesmo com a confusão tática do Fluminense no jogo contra o Vasco, tive a percepção de que o Osvaldo tem tudo para deslanchar. Jogou pouco, mas se movimentou muito. Infelizmente, o Fluminense não estava numa tarde muito feliz, mas o estreante deu a entender que chegou para ser titular. Precisará de um tempo para se entrosar com Fred e com quem tem a responsabilidade pela criação.

Ronaldinho Gaúcho. Ou céu, ou inferno. Esse é o legado que, por onde passa, RG deixa ao longo de sua carreira. Lembro que no Atlético, antes de ajudar o Galo a conquistar a Libertadores, passou por problemas sérios de comportamento. Quase que o Kalil o despejou da Cidade do Galo. Depois da crise, RG entrou nos eixos, cresceu em campo e, junto com Bernard, Jô, Vitor, Tardelli, conquistou o título inédito. Qual será o seu papel no Fluminense? Mocinho ou vilão? Prefiro aguardar, afinal, não tenho bola de cristal.

Esse embate com o Vasco já deu. Muita bobagem junta. Interessante a coluna do Álvaro Oliveira Filho no Lance de sexta-feira. Aborda algumas questões que concordo. O Fluminense deu muita munição ao Vasco antes do jogo. Falou demais. Cantou muita vitória. Os caras entraram mordidos e, depois, reagiram às provocações tricolores. Penso que era melhor ganhar primeiro e, aí sim, deitar falação. Era um jogo no qual o Fluminense não podia perder. Nunca. O jogo em si deveria ter sido tratado com mais respeito, com mais cuidado. A derrota foi muito dolorosa para a torcida. Ela não merecia.

Por fim, o Cícero. Parece que voltará. Excelente, se acontecer. Espero que, com o Enderson Moreira, o meia se ajeite no time. Seria uma peça fundamental para um elenco que almeja a ponta da tabela. Boa sorte ao Cícero.

Ah! Antes de fechar, uma pergunta: por que o Marlon está na reserva e o Gum continua titular?

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @MauroJacome

Imagem: ffc