Existe um problema grave no Fluminense que infelizmente a imprensa esportiva não investiga, não analisa e sequer comenta. O clube, diferentemente do que repete incansavelmente a atual gestão, está no grupo de cima em termos de receitas entre todos os clubes da Série A do Campeonato Brasileiro.
Pedi ao meu assistente de IA favorito para levantar o total de receitas do Fluminense desde 2021, segue o que ele me respondeu:
Já peço desculpas por alguma imprecisão do meu assistente, mas peço ao leitor deste PANORAMA TRICOLOR toda a compreensão com a pobre IA. Todos sabemos que o Fluminense não é dos clubes que preza pela transparência, então alguma divergência poderá ser observada.
Voltando ao tema central da discussão, cerca de 2,3 bilhões de Reais foram arrecadados como Receita Total pela atual gestão do clube desde 2020, ano inicial da grande crise sanitária. A receita chegou a quase dobrar nos anos de 2023 e 2023, comparando com os dois anos anteriores.
Mesmo com tantos recursos arrecadados o clube segue pagando apenas o serviço da dívida, como recentemente declarado pelo seu Vice Presidente, e tem visto ela, pelo menos nos pouco confiáveis relatórios, continuar crescendo insistentemente. Eu acredito que uma gestão financeira mais austera teria condições de reduzir a nossa dívida, mesmo que de forma lenta mas constante.
Não resolvemos a dívida mas pelo menos montamos grandes times ao longo do período certo? Infelizmente não. Tirando o Campeonato Carioca que vencemos em 2022 e 2023, que não é representativo em termos de competitividade, só tivemos sucesso em torneios no formato Copa, como a Libertadores. Nossa performance nas várias edições do Campeonato Brasileiro, este sim muito representativo em termos de competitividade, tem sido desapontadora. Vale lembrar ainda que estamos sem vencer o Campeonato Brasileiro desde 2012, há 13 anos.
Infelizmente deixamos passar a oportunidade de formar um grande elenco ao longo dos últimos anos. Liquidamos a preço de banana muitas gerações de jogadores da nossa base, a grande maioria sem dar absolutamente nenhum retorno esportivo ao Fluminense, enquanto gastamos centenas de milhões ao ano com jogadores que, na sua grande maioria são apenas medianos e que acabam nem sendo aproveitados de uma temporada para outra
É muito triste ver como o clube é gerido hoje em dia, com total falta de transparência e transações de compra e venda de jogadores que contradizem a razão e, principalmente, os critérios mínimos de uma boa gestão.
Mas é preciso ter esperança, pois a atual presidente está nos últimos meses da sua gestão e em novembro teremos novas eleições. Torço para que uma chapa da oposição consiga vencer desta vez, pois é preciso trazer novas idéias e propostas para o nosso amado Fluminense.
Este colunista deixa os amigos leitores deste PANORAMA TRICOLOR saberem que apoia a chapa composta por Leonardo Iespa e André Horta, e que acredita que ela tem totais condições morais, administrativas e técnicas para melhorar muito o Fluminense.