A contusão de Pedro e o desafio de domingo (por Márcio Machado)

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Quão fantástico o futebol, né? Um de seus momentos de pura magia é quando o jovem passa de promessa a jogador mais importante do time. Algo raro, mas cada vez mais comum num mercado que produz para exportação muito bem e não administra seus times profissionais como se deve. Aconteceu este ano aqui no Fluminense e na posição mais valorizada do esporte, mas vamos desmistificar certas coisas que se dizem por ai devido à contusão do Pedro.

Primeiro, como eu já tinha escrito há algumas semanas e reafirmo, nunca pareceu ser ideia da diretoria vender o garoto nessa janela: não exploraria todo o valor que uma primeira venda dele pode gerar, além de gerar a fagulha final para o impeachment de Abad. Quanto à situação financeira do clube me parece melhor – menor pior, alíás – do que no ano passado, mesmo que não seja grande coisa. O propalado baque forte nas contas do clube é opinião do repórter que escreveu, não um fato que se sustente. O que poderia ajudar que a tese do baque fosse verdade seria a saída do Sornoza:  o meia não tem uma boa sequência faz tempo e o valor dito por ele seria bom. De todo modo, a definição não passa dessa semana.

Quanto ao time, que não terá Pedro – e, sem os gols e as assistências do artilheiro tem pontuação de time rebaixado – não há como dizer que não será uma situação difícil no domingo que vem, porém não é impossível. Vai ser a hora que o pacote de reforços tricolores terá de mostrar serviço. No primeiro turno, sem Pedro e Ayrton Lucas, o Flu simplesmente não tinha opções ofensivas nem na metade do potencial. Hoje tendo a imaginar que sim.

O que se pode fazer para estabilizar é Marcelo vir com três zagueiros mais três volantes contra o São Paulo, especulando com o nervosismo do time paulista – que tem de defender sua liderança com seu estádio cheio. O Ceará passou até perto de colher pontos por lá. Nós temos melhor contra-ataque do que a equipe nordestina e eles têm três desfalques fundamentais.

O jogo da próxima rodada é bem complicado, mas não impossível. A lógica para encarar o período sem Pedro é pensar jogo a jogo, com raça na ponta da chuteira – e a mesma raça até agora não vem faltando.

ST

Panorama Tricolor

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