A carranca tricolor (por TTP)

Quem poderia prever que na sétima rodada do Brasileirão 2021, só teríamos um time invícto?
Quem poderia prever que esse time seria o Bragantino?

Se considerarmos este fato, podemos chegar à conclusão de que o Fluminense realizou um grande feito, eliminando os paulistas na Copa do Brasil.

Sim, foi um grande feito.

Assim como o Fluminense realizou outro grande feito, passando para a fase de mata-mata da Libertadores na primeira posição de um grupo complicado.

Outro dado importante é que o Fluminense até agora esta com 100% de aproveitamento em casa no Brasileirão. Em quatro jogos fora de casa, foram três empates e apenas uma derrota. Uma campanha respeitável.

Não há como negar que o Fluminense é um competitivo e  preocupa os adversários.

Os resultados são em sua maioria bem positivos.

Mas então surge uma questão interessante: como o time pode entregar tantos resultados sem apresentar um mínimo de futebol? Pois a única partida realmente boa do Fluminense neste ano, foi a vitória sobre o River Plate.

Em duas, o time tricolor foi razoável: contra o São Paulo pela primeira rodada do Brasileirão, e na partida de ida da Copa do Brasil contra o Bragantino. Nestas duas, o Flu comandou as ações e apresentou um futebol competente. Contra o tricolor do Morumbi, inclusive, a vitória não veio por detalhe.

Não parece haver uma explicação lógica para o que ocorre. Mas o fato é que a derrota para o Atlético Goianiense liga a luz amarela na equipe.

Roger começa a perder a mão nas escalações. Isso porque ele só tem um mísero esquema tático.

Quando não pode escalar os 11 preferidos, que até funcionam no seu esquema, Roger coloca jogadores para fazer a mesma função que o titular. Porém, os jogadores tem perfis diferentes.

O garoto Kayky, que considero um baita jogador, não consegue desempenhar com a mesma competência o que Caio Paulista faz em campo.

Pasmem, é isso mesmo: um jogador limitado como Caio Paulista, brilha, enquanto um jogador brilhante como Kayky, se ofusca.

Outro problema é que não há no elenco um substituto para Yago.

Há jogadores para a posição, como André e Wellington, mas querer que eles façam o que Yago faz em campo, é humanamente impossível. Dito assim, até parece que Yago é sobre-humano. Não é, mas o que faz em campo tampouco é humanamente provável.

Outro problema, é a presença constante de Nenê em campo. O jogador é o favorito de Roger. Arrisco dizer que nem Fred conta com tanta badalação da parte do comandante da equipe.

Nenê não consegue render o suficiente para agradar a torcida. Mas esse não é o maior problema. Maior mesmo é o problema de saber que nem Ganso, nem Cazares, quando tiveram oportunidade, foram melhores que Nenê.

Cazares ainda teve um passe maravilhoso para o gol de Caio Paulista na partida contra o Santa Fé, e uma assistência para Fred contra o River Plate. Mas contra isso, Nenê de uma vitória contra o Santos, é que fez o gol que selou a classificação na Copa do Brasil. Para Roger, isso parece fazer diferença.

Como Ganso sempre joga entre os reservas ou com o time já desconfigurado, sai perdendo nessa disputa.

Falta agora achar uma solução. Aliás, várias soluções.

Para o futebol ruim, para os prováveis desfalques por cartões ou contusões, para outras picuinhas pequenas que no fim fazem a diferença em um jogo.

Que Roger use esse tempo de sequência no Rio (quatro jogos dentro do estado), para recuperar o fôlego da equipe e tentar dar um pouco de cara ao Fluminense.

Pois o que o time tem até agora é só carranca.