O Fluminense viveu desde a década passada uma fase de mediocridade, às vezes quebradas por lapsos do clube gigante que foi no passado.

Os últimos exemplos: conquista da Libertadores de 2023 e da Recopa em 2024, além da campanha histórica na Copa do Mundo de Clubes de 2025, chegando na semifinal.

Uma fase medíocre é formada por times que em sua maioria são de jogadores medianos, muitas vezes bastante esforçados, porém que pouco dignos da grandiosidade do Fluminense, incapazes de vestir a camisa tricolor, honrando a história do clube

Contudo, mesmo nesse período existem jogadores que nos fazem lembrar do tamanho do Fluminense. Thiago Silva é um deles.

Um dos maiores zagueiros da história do futebol, no século XXI. Revelado pelo Fluminense, foi para o futebol europeu e fez história, se torando ídolo dos três clubes que jogou: Milan, Paris Saint-Germain e Chelsea, no último foi campeão europeu e se tornou para muitos torcedores um dos maiores zagueiros da história do clube.

E mesmo em um ano péssimo do Fluminense, brigando para não cair, o “monstro” retornou para o seu clube de coração. E retornou sendo um líder, capitão, a voz calma e firme no vestiário que não precisa gritar e nem “latir” para chamar a atenção. Seu futebol já fala por ele mesmo. Na última quarta-feira (10), TS3 marcou o gol que classificou o Fluminense para as semifinais da Copa do Brasil de 2025.

Um gol de craque, de quem conhece muito do jogo, com uma aula de posicionamento na área, após ler a defesa do Bahia, apareceu para o cabeceio, após o bom cruzamento de Canobbio, para fazer o gol da classificação.

Para um jovem torcedor que quer saber o que é o Fluminense, mostrem Thiago Silva. Mesmo em tempos de mediocridade, o “monstro da zaga tricolor” sintetiza o que é o Fluminense. Elegante, técnico, inteligente, firme e líder sem perder a ternura e a calma.

É um privilégio e uma enorme alegria ter no elenco um jogador que, muito além de ser uma lenda da posição, vencedor pela seleção brasileira e por clubes europeus, é um jogador que entende o tamanho do clube que joga e que representa, que mais cobra os outros jogadores, que é um verdadeiro técnico dentro de campo, mudando até o posicionamento dos jogadores, caso veja necessidade.

Em tempos que o Fluminense segue sendo tratado como um clube mediano e apenas coadjuvante, Thiago Silva nos lembra o verdadeiro tamanho e o peso das três cores que traduzem tradição.

Que venha o título da Copa do Brasil ou da Sul-Americana, ou ambas, para coroar o monstro como um dos maiores jogadores da história desse clube.

Saudações tricolores!