Editorial – A chapa do atraso

Confirmada a dupla que pretende defender o ”legado” da atual gestão, o que se pode dizer do consórcio Montenegro-Tenório para as eleições?

Nada do ponto de vista pessoal, que fique claro.

Agora, do ponto de vista institucional, é natural que venha uma chuva de críticas.

A começar pelos balanços fraudados, pela falta de transparência, pelo pacote de contratações duvidosas e vendas a preço de banana, pelo clube endividadíssimo mesmo quando aporta bilhões. De Pro Manager a Live Sorte, há uma longa história. Tudo isso é tratado como coisa pequena por causa das conquistas da Libertadores, Recopa e do quarto lugar no Mundial de Clubes. Porém, o Fluminense não pode ser refém de conquistas. A Libertadores é maravilhosa mas o clube tem 123 anos. Não começou agora…

Nem é preciso falar da verdeira sem vergonhice nas especulações sobre a SAF tricolor, onde reinam o casuísmo e a falta de ética. Um verdadeiro escárnio.

Vamos parar e refletir: o único craque no auge físico e técnico que o Fluminense contratou em anos foi Arias, e isso não teve qualquer planejamento. Nós o enfrentamos. Curiosamente, o clube jamais fez questão de adquirir 100% dos direitos federativos de seu melhor jogador…

O que dizer do novo reforço do multicampeão Palmeiras, Jetfé? Barrado no Fluminense por Diogo Barbosa, Pineida e outrem. É a velha repetição de um comportamento inusitado, que é pagar mais caro usando jogadores de fora desprezando jovens da casa.

Enfim, está confirmado o que se esperava. A chapa do atraso.

Montenegro-Tenório traduzem um Fluminense de araque, ocasionalmente campeão mas sem o título como objetivo inicial. A gestão Bittencourt tem outras prioridades, nenhuma delas ligada à excelência no futebol.

O importante é fazer transações de jogadores. Nisso, o Fluminense é um infeliz campeão mundial. E se os grandes títulos não vêm, a micareta da FluFest distrai os inocentes do Leblon.

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