Nesta terça, o Marcelo Diniz entrevistou Julinho, bom meia do Fluminense no começo dos anos 1990, para o Papo no Laranjal. Desde já, deixo o link no fim da coluna porque foi um excelente conversa.
Julinho era garoto quando veio para o Flu. Era bom de bola e um perigo nas cobranças de falta. Jogou com Renato Carioca (o Laércio), Super Ézio, Bobô, Wagner, Macula, Sérgio Manoel, Lira, Valber, Torres e outros. Chegou em maio de 1990 e saiu três anos depois, para o Juventude. Ele mesmo se define como uma espécie de talismã, um 12° jogador querido pela torcida, mas que nunca foi titular absoluto.
Ao contrário do que muita gente pensa e diz, o período da “seca” de títulos entre 1986 e 1994 não foi um tempo do Fluminense figurante, longe disso. Podia faltar dinheiro e super contratações, mas o Flu brigava por todos os títulos. Só com Juninho, foram os Cariocas de 1990, 1991 e 1993, mais o Brasileiro de 1991 e a garfada Copa do Brasil de 1992. Ganhou as Taças Guanabara de 1991 e 1993.
Títulos são muito importantes mas torcer para um time não se limita a isso – vide o próprio Flu 2013-2021 que, com exceção da efêmera Primeira Liga, passou anos em branco mas continuou tendo o apoio da torcida tricolor.
O começo dos anos 1990 para o Fluminense foi vibrante e de muita luta. Tempo de clássicos no Maracanã e jogos lindos nas Laranjeiras. Tempo de bandeirão, pó de arroz e muita esperança. Os adversários tinham mais dinheiro, o Flu tinha mais gente. Gente boa. Julinho é desses, escutem o que ele tem para dizer