I
Já faz muito tempo daquele Bragantino x Fluminense em Bragança, 1991, segundo jogo das semifinais do Brasileirão que já não nos valia nada – tínhamos perdido o primeiro jogo no Maracanã lotado, gol de Franklin, e fomos eliminados por conta do regulamento esdrúxulo.
Trinta e quatro anos. O tempo voou. De lá para cá, o mundo mudou muito. O Fluminense nem tanto. Vieram grandes títulos e decepções também. Mas arquibancada é diferente, bem diferente. E tem a internet também, onde anônimos fazem de tudo para se promover…
Um novo sábado em Bragança. No Brasileirão infelizmente somos figurantes. Temos chances nas Copas, mais na Sula – que é fraca mas precisamos ganhar.
II
Nos bastidores, a disputa política do Fluminense segue acirrada, ainda que alguns pretensos players nada tenham a oferecer além de pantomima.
Nos próximos dias, explorarei o tema por aqui, até porque devo satisfações aos amigos que prestigiam esta casa e esclarecimentos sobre meus posicionamentos, o que sempre fiz neste PANORAMA desde 2012. Mas já antecipando alguma coisa, o que todos podem esperar de mim no pequeno espaço que me cabe é independência, coerência e sinceridade com minhas próprias ideias, currículo e trajetória, ainda que eu ande muito cansado de cenários cheios de arrogância, empáfia oca, poses patéticas e pouquíssima utilidade prática.
Na temporada eleitoral vigente, fiz o que pude pelo diálogo e pela aproximação da oposição do Fluminense (o que sinceramente exige um saco de 20 metros), e se não deu certo (ainda) não foi por minha culpa. Mas a política é feita por seres humanos e, portanto, nela cabem acertos e erros, alguns retificáveis e outros não.
Quem me acompanha sabe que desde o primeiro tempo apoiei o nome de André Horta para a presidência, por se tratar de um nome íntegro e muito capacitado, sempre mais preocupado com o coletivo do que com sua própria caminhada.
André é um personagem imprescindível ao futuro do Fluminense se a vida política do clube detiver mínima inteligência.
Antes, até 2024 ele era um amigo e um dos integrantes desta casa, mas ele se tornou para mim um dos maiores tricolores que já vi, apenas com a força de seus atos e palavras, mais outras coisas que ainda não cabem nestas linhas. Percebam que suas críticas são sempre ao sistema e às más práticas, sem envolver pessoalidades – típico de quem faz política com o cérebro.
Tão logo o André se pronuncie a respeito, eu volto aqui para falar do meu caminho, seja ele qual for.
Claro, em qualquer hipótese completamente contra essa gestão perdulária, sua SAF calhorda e seus métodos obscuros. Isso é o principal.
Impedir o avanço dessa canalhice travestida de “melhora” para o clube, mas que não passa de um entreguismo criminoso para atender vantagens pessoais.
O Fluminense não pode ser refém de tamanha patifaria.
É dever dos sócios impedir a destruição do clube, indo ao limite da lei se preciso for.
III
O sol nascerá para o Fluminense, senhores.
Mesmo quando tudo parece nublado, vem a noite, a madrugada e, ainda que tímido por entre as nuvens, o sol nascerá.
Assim tem sido desde 1902.